DA REPORTAGEM LOCAL

Acostumada a viajar pelo mundo, a aposentada Jamile Salomão, 78, estava passeando em Hannover em setembro deste ano, quando escorregou e caiu na rua, quebrando uma vértebra. Ela havia previsto ficar um mês no exterior e voltaria para o Brasil da Suíça, mas ficou só uma semana e não tinha condições de ir pegar o avião no outro país. "Gastei meu dinheiro todinho na compra de uma passagem aérea."
Isso aconteceu apesar de a enfermeira aposentada ter comprado seguro de viagem antes de partir. Como estava hospedada numa casa de família, ficou sem graça de telefonar para o Brasil. "Tinha dificuldade com a língua e estava na dependência da família."
Depois que ela já havia comprado a passagem, recebeu um telefonema dizendo que estava a caminho o bilhete providenciado pela Tourist Card, da qual havia adquirido o seguro, e embarcou com a passagem comprada pela empresa. "Mas ninguém me reembolsou até agora o bilhete nem as despesas com a consulta médica e as radiografias."
Segundo Angelo Cardena, gerente comercial da Tourist Card, no processo da segurada consta que todas as despesas foram cobertas e que está tudo OK. "Vai ver que a agência não enviou para a gente a documentação."
O incidente, porém, não desanimou Jamile. Associada à Friendship Force, que organiza viagens com hospedagem em casas, Jamile ainda quer encontrar o resto do grupo que continuou o itinerário para ver as fotos. "Viajar é a melhor coisa do mundo." (MV)


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