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Centro esportivo de Chichen Itzá abrigava esporte que tinha características de basquete e de futebol
Sítio guarda quadra olímpica indígena
DO ENVIADO ESPECIAL AO MÉXICO
As ruínas maias de Chichen Itzá, na península de Yucatán, a 200
km de Cancún, guardam importantes relíquias da arqueologia.
O complexo de ruínas é um registro da vida militar, espiritual,
agrícola, esportiva e científica da
civilização maia.
Uma grande pirâmide (El Castillo, ou o castelo) servia de calendário solar. A sombra de cada dia
recai sobre diferentes degraus. O
prédio é a sensação do lugar: os
turistas sofrem para subir seus 91
degraus.
A soma das escadarias dos quatro lados totalizam 364 degraus,
um para cada dia do ano.
Para conhecer todas as edificações do parque, basta disposição
para caminhar. Guias apontam o
quartel, a capela, o observatório
(El Caracol), o cemitério, templos
e palácios que remetem à adoração dos deuses daquele povo, tudo sempre acompanhado de explicações sobre a engenharia e a
arquitetura maias, ambas ligadas
aos estudos da astronomia.
Os maias, que teriam surgido
em Yucatán por volta de 2.600
a.C., fundaram Chichen Itzá ("a
boca do poço") em meados de 550
d.C., ao lado de dois poços: um
considerado sagrado e outro tido
como profano.
O lugar, no princípio, era um
centro de rituais sagrados. Resquícios dessas cerimônias, como
objetos religiosos, crânios e esqueletos, podem ser vistos no poço que era considerado sagrado.
Os moradores de Chichen Itzá
eram governantes e sacerdotes
importantes da nobreza da época.
Arqueólogos estimam que a cidade foi abandonada no século
14. A falta de água na região teria
sido um dos motivos. Quando os
espanhóis chegaram ali, só encontraram ruínas, fruto da guerra
de Chichen Itzá com povos
maias-toltecas das cidades de Uxmal e Mayapan.
Olimpíada maia
Além de ter abrigado diversas
cerimônias espirituais, a cidade
teria sido o maior centro esportivo da civilização maia, sede de
uma espécie de Olimpíada.
A arena esportiva de Chichen Itzá é citada como a maior de todos
os sítios arqueológicos localizados no México.
O esporte praticado por eles
consistia numa mistura de basquete com futebol. A bola era de
borracha (existia muito desse material próximo à arena) e, no lugar
de traves, havia arcos de pedra
bem grandes. Não se podia usar
as mãos, somente os pés, e vencia
a equipe que chutasse mais bolas
dentro dos arcos, como se marcasse gols.
(RODRIGO RAINHO)
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