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DEPOIS DAS TORMENTAS
Vários hotéis no balneário avisam em sites que estão fechados devido a estragos do furacão Wilma
Cancún aceita reserva depois do Réveillon
DA REDAÇÃO
"Devido ao impacto do furacão
Wilma, o CasaMagna Marriott
Cancún Resort se encontra temporariamente fechado e não poderá aceitar reservas até 31 de dezembro de 2005", diz o site do resort em Cancún.
Dias depois de atingir a península de Yucatán, no México, e de
atravessar a Flórida, Wilma, o
mais forte furacão atlântico de
que se tem notícia, tornou-se uma
nuvem no horizonte do turismo
dessas regiões.
Destinos varridos pela tempestade, de Cancún a Palm Beach,
nos EUA, aceleram para conseguir se recuperar até a temporada
de fim de ano. Alguns já chamam
os turistas com promoções, enquanto outros ficarão fora de serviço por meses.
Os hotéis e resorts devastados
em Cancún e Cozumel se preparam para uma força-tarefa com o
apoio do governo mexicano para
voltar a operar em dezembro, antes do Natal. Mas há resorts que,
de antemão, descartaram a possibilidade de abrir em 2005.
Os estragos no Estado de Quintana Roo, que abriga Cozumel,
Cancún, Playa del Carmen, Rivera
Maya e Isla Mujeres, são estimados em mais de US$ 1,5 bilhão. A
região totaliza mais de 59 mil
quartos em cerca de 200 hotéis.
Pelo menos três cadeias fecharam
seus resorts, dois deles até o Ano
Novo. A rede Marriott fechou
seus três hotéis em Cancún até o
final de dezembro, e o Ritz-Carlton Cancún -onde o astro Tom
Cruise realizaria a cerimônia de
casamento com a atriz Katie Holmes- também diz em página na
internet que está fechado e não
aceitará reservas até o Réveillon.
"É uma verdadeira catástrofe
para a indústria hoteleira", disse à
Reuters Jesus Almaguer, presidente da Associação dos Hoteleiros do Estado de Quintana Roo.
Reconstrução
A recuperação do balneário deve ser rápida. Até porque esses
destinos no México vivem exclusivamente do turismo. A zona hoteleira de Cancún é um bulevar
com 25 quilômetros. Anualmente
é visitada por mais de 3 milhões
de turistas.
Em Cancún, caminhões já retiram os destroços das ruas. Mas a
rapidez não está sendo a mesma
em Isla Mujeres, popular por seus
recifes, ou em Cozumel, famosa
por ser ponto de mergulho e de
parada dos cruzeiros no Caribe.
A meta é ter tudo pronto para a
segunda quinzena de dezembro,
antes do início da temporada turística mais importante do ano. Se
isso não acontecer, o impacto
econômico será muito maior.
Almaguer disse que a reconstrução dos hotéis pode levar de
três a quatro meses, o que significa perdas de muitos dólares para
o Natal. Segundo ele, 80% de todos os quartos de hotéis sofreram
avarias. A indústria do turismo no
Estado gera US$ 3 bilhões por ano
-a receita gerada pelo turismo
no país é de US$ 11 bilhões. O ministro do Turismo do México estima que o prejuízo do setor seja de
US$ 800 milhões, metade do valor
previsto pelo setor privado.
Grupos como a Associação Nacional das Redes Hoteleiras, presidida por Pablo Azcárraga e que
congrega redes como Posadas,
Camino Real, Sol Meliá, Palace
Resort, Calinda, Marriott, Sheraton, Westin, Hyatt, NH e Quinta
Real, estão empenhados e têm
planos para voltar à normalidade.
Um deles é fazer uma forte campanha de promoção para restabelecer a imagem de Cancún, convidando o turista a visitar um lugar
que não perdeu seus atrativos.
Na Riviera Maya, a menos afetada pelo Wilma, a Turquoise Reef
Group, uma agência de reserva
para vários hotéis pequenos, está
oferecendo uma noite de graça
para os hóspedes que fizeram depósito para estada futura.
Cruzeiros
A maioria dos portos de Miami
e Fort Lauderdale, de onde partem os navios que fazem o cruzeiro pelo Caribe, foi reaberta no final de semana passado. Mas Cozumel, um dos principais pontos
de mergulho para os cruzeiristas,
que, por causa das pesadas tempestades, teve portos afetados, está fora da rota dos navios.
Com agências internacionais
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