São Paulo, quinta-feira, 03 de novembro de 2005

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DEPOIS DAS TORMENTAS

Vários hotéis no balneário avisam em sites que estão fechados devido a estragos do furacão Wilma

Cancún aceita reserva depois do Réveillon

DA REDAÇÃO

"Devido ao impacto do furacão Wilma, o CasaMagna Marriott Cancún Resort se encontra temporariamente fechado e não poderá aceitar reservas até 31 de dezembro de 2005", diz o site do resort em Cancún.
Dias depois de atingir a península de Yucatán, no México, e de atravessar a Flórida, Wilma, o mais forte furacão atlântico de que se tem notícia, tornou-se uma nuvem no horizonte do turismo dessas regiões.
Destinos varridos pela tempestade, de Cancún a Palm Beach, nos EUA, aceleram para conseguir se recuperar até a temporada de fim de ano. Alguns já chamam os turistas com promoções, enquanto outros ficarão fora de serviço por meses.
Os hotéis e resorts devastados em Cancún e Cozumel se preparam para uma força-tarefa com o apoio do governo mexicano para voltar a operar em dezembro, antes do Natal. Mas há resorts que, de antemão, descartaram a possibilidade de abrir em 2005.
Os estragos no Estado de Quintana Roo, que abriga Cozumel, Cancún, Playa del Carmen, Rivera Maya e Isla Mujeres, são estimados em mais de US$ 1,5 bilhão. A região totaliza mais de 59 mil quartos em cerca de 200 hotéis. Pelo menos três cadeias fecharam seus resorts, dois deles até o Ano Novo. A rede Marriott fechou seus três hotéis em Cancún até o final de dezembro, e o Ritz-Carlton Cancún -onde o astro Tom Cruise realizaria a cerimônia de casamento com a atriz Katie Holmes- também diz em página na internet que está fechado e não aceitará reservas até o Réveillon.
"É uma verdadeira catástrofe para a indústria hoteleira", disse à Reuters Jesus Almaguer, presidente da Associação dos Hoteleiros do Estado de Quintana Roo.

Reconstrução
A recuperação do balneário deve ser rápida. Até porque esses destinos no México vivem exclusivamente do turismo. A zona hoteleira de Cancún é um bulevar com 25 quilômetros. Anualmente é visitada por mais de 3 milhões de turistas.
Em Cancún, caminhões já retiram os destroços das ruas. Mas a rapidez não está sendo a mesma em Isla Mujeres, popular por seus recifes, ou em Cozumel, famosa por ser ponto de mergulho e de parada dos cruzeiros no Caribe.
A meta é ter tudo pronto para a segunda quinzena de dezembro, antes do início da temporada turística mais importante do ano. Se isso não acontecer, o impacto econômico será muito maior.
Almaguer disse que a reconstrução dos hotéis pode levar de três a quatro meses, o que significa perdas de muitos dólares para o Natal. Segundo ele, 80% de todos os quartos de hotéis sofreram avarias. A indústria do turismo no Estado gera US$ 3 bilhões por ano -a receita gerada pelo turismo no país é de US$ 11 bilhões. O ministro do Turismo do México estima que o prejuízo do setor seja de US$ 800 milhões, metade do valor previsto pelo setor privado.
Grupos como a Associação Nacional das Redes Hoteleiras, presidida por Pablo Azcárraga e que congrega redes como Posadas, Camino Real, Sol Meliá, Palace Resort, Calinda, Marriott, Sheraton, Westin, Hyatt, NH e Quinta Real, estão empenhados e têm planos para voltar à normalidade.
Um deles é fazer uma forte campanha de promoção para restabelecer a imagem de Cancún, convidando o turista a visitar um lugar que não perdeu seus atrativos.
Na Riviera Maya, a menos afetada pelo Wilma, a Turquoise Reef Group, uma agência de reserva para vários hotéis pequenos, está oferecendo uma noite de graça para os hóspedes que fizeram depósito para estada futura.

Cruzeiros
A maioria dos portos de Miami e Fort Lauderdale, de onde partem os navios que fazem o cruzeiro pelo Caribe, foi reaberta no final de semana passado. Mas Cozumel, um dos principais pontos de mergulho para os cruzeiristas, que, por causa das pesadas tempestades, teve portos afetados, está fora da rota dos navios.


Com agências internacionais


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