São Paulo, quinta-feira, 03 de novembro de 2011

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Sólida, Berlim se reinventa e dribla crise

Arquitetura ultra-arrojada foi um marco na reconstrução crítica da metrópole alemã após o fim do muro, em 1989

O espectro da derrocada econômica ronda a Grécia; já a Alemanha, credora de inúmeros países, segue adiante

SILVIO CIOFFI

EDITOR DE TURISMO

Dividida por um muro entre 1961 e 1989, Berlim (www.visitealemanha.com) abusou da arquitetura pós-moderna em sua reinvenção crítica. Hoje, quem vai à metrópole mal pode fazer fotos sem flagrar obras públicas em andamento e prédios arrojados.
Depois de recuperar o status de capital alemã, em 1990, a cidade edificou o espaço aberto pelo fim do muro.
Recriou locais como a Potsdamer Platz (www.potsdamerplatz.de), com seu complexo de entretenimento Sony Center. E, para isso, reuniu grandes nomes da arquitetura, caso de Helmuth Jahn e, também, de Renzo Piano, Arata Isozaki e Frank Gehry.
Nem o Reichstag escapou da febre de construções -e foi atualizado com cúpula do britânico Norman Foster.

NOVO FANTASMA RONDA
Enquanto o espectro da derrocada ronda a Grécia, a Alemanha, fiadora do euro e credora de inúmeros países europeus, luta para evitar o pior mantendo a chanceler Angela Merkel (cujo cargo lá corresponde ao de primeiro-ministro) empenhada em driblar intempéries econômicas.
Com 3,4 milhões de habitantes, Berlim é a oitava cidade mais populosa da Europa.
Originada no século 13, quando surgiu à beira do rio Spree, foi capital da Prússia, em 1701; do Império Alemão, entre 1871 e 1918; da República de Weimer, de 1919 a 1932; e, também, do famigerado Terceiro Reich (1933-1945), quando, mergulhada no pesadelo da guerra, teve 70% dos seus prédios destruídos.
Dividida, sobreviveu esquartejada, mantendo dois lados: um pró-soviético e outro ocidental. Reconstruída após o fim do muro, criou monumentos que repudiam o Holocausto hitlerista. Cênica e ultracontemporânea, precisa ser (re)visitada.


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