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METRÓPOLE REVIGORADA
Simular ida à farmácia faz parte de tratamento pós-lesão medular em instituição de Miami
Hospital reproduz cenários do cotidiano
da vida cotidiana
DO ENVIADO ESPECIAL A MIAMI
Cenários que reproduzem algumas situações que qualquer um
enfrenta na vida cotidiana, como
ir a um posto de gasolina ou fazer
compras em uma farmácia, foram
criados dentro da estrutura hospitalar do Jackson Memorial Hospital, da Universidade de Miami.
Essas medidas têm por finalidade reabilitar e reeducar adultos e
crianças não só com lesões medulares, mas igualmente as pessoas
que sofreram traumatismos cerebrais ou derrames e perderam conhecimentos importantes sobre a
vida diária.
Especialistas na área de neurologia e neurofisiologia desenvolvem no Jackson Memorial tratamento e pesquisas sobre lesões
medulares que resultam nas paralisias dos braços e pernas, além de
novas técnicas de reabilitação
motora. O serviço desse centro
médico desenvolve seus esforços
visando melhorar a qualidade de
vida dos portadores dessas lesões
através da reintegração social e independência pessoal.
Crianças e animais
No Miami Children's Hospital
há um programa especial, denominado Pet Therapy (terapia com
animais de estimação). É um programa para as crianças com câncer em tratamento oncológico e
para as internadas no CTI (centro
de terapia intensiva) infantil.
Nesse programa do hospital,
cães dóceis e especialmente treinados vão ao hospital uma vez
por semana visitar e brincar com
as crianças.
O Miami Children's Hospital
abrange mais de 40 especialidades
e subespecialidades pediátricas.
Fundado em 1950, atende a mais
de 185 mil pacientes por ano.
O hospital infantil possui a
maior experiência e resultados na
área de cirurgia da epilepsia em
crianças nos Estados Unidos. A
cirurgia para o tratamento de
controle dos surtos epilépticos é
realizada em crianças até com
menos de um ano de idade.
Anualmente, são realizadas cerca
de 150 cirurgias desse tipo.
Outro tipo de intervenção do
hospital é o tratamento do autismo, uma doença em que a criança
está voltada para si mesma, com
dificuldade de contato externo.
Trata-se de um distúrbio que a
criança passará a ter por toda a vida, mas que, com intervenções
adequadas por parte de uma
equipe multiprofissional -entre
elas fonoaudiologia e tratamento
por mudança de comportamento-, ela irá se tornar indistinguível das crianças que não sofrem
desse distúrbio. O único problema limitante do tratamento realizado pelo hospital é o grau de retardo mental que eventualmente
a criança poderá apresentar.
Os médicos do hospital têm
aproximadamente 900 crianças
autistas sendo acompanhadas
atualmente e a equipe tem atendido cerca de 2.000 crianças por ano
para emitir uma segunda opinião
aos pais.
O autismo é a terceira causa
mais frequente de doença neurológica em crianças, antecedida
apenas pela epilepsia e pela paralisia cerebral. O site do Miami
Children's Hospital é
www.mch.com, e do Jackson Memorial, www.um-jmh. org.
(JULIO ABRAMCZYK)
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