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"Sushi é caro", diz chef estrelado da capital belga
DO ENVIADO ESPECIAL À EUROPA
Multiestrelado pelos guias
"Michelin" e "Gault-Millau", o
bistrô de Jean-Pierre Bruneau,
73 (avenue Broustin/Bruxelas;
tel.: 00/xx/02/427-6978), foi
aberto em 1975. É aconchegante sem excesso de luxo e o chef,
compenetrado, fica na porta da
cozinha montando pratos surpreendentes e minimalistas.
Bruneau falou à Folha sobre
sua trajetória junto ao fogão,
iniciada na escola de hotelaria
de Namur, no sul da Bélgica.
Mas creditou seu sucesso à cultura familiar: "Meus avós eram
camponeses e eu nunca vou esquecer da galinha com batatas
que eu comia aos domingos".
Questionado se sua culinária
é contemporânea, o chef caçoa
de rótulos como "molecular",
dizendo-se filiado a uma cozinha equilibrada, à autenticidade dos produtos, sem exageros.
"Eu gosto mesmo é de fazer um
coelho com beterraba", diz, rejeitando a hipermodernidade
sem abandonar certa invencionice. Em porções, serve peixe
com morango, vieiras com porco, misturando ingredientes do
mar e da terra sem cerimônia.
Sobre o cardápio de casa, o
chef reforça sua porção popular. "Gosto de tripas à provençal (dobradinha), de mariscos
em seu próprio caldo, com salsão e cebola".
Aberto à concorrência, ele
elogia a galinha d'angola do
chef Alain Ducasse, mas picha
o sushi recém-chegado às metrópoles europeias: "É caro para ser apenas arroz com salmão".
(SC).
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