São Paulo, quinta-feira, 04 de agosto de 2011

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Bairro tem convento e sítio arqueológico

Em São Francisco, ao norte do centro histórico, casa religiosa foi construída no ano de 1637 e tombada em 1972

Trilha íngreme de uma hora de caminhada leva até as ruínas do sítio arqueológico escondido pela mata atlântica


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

No bucólico bairro de São Francisco, ao norte do centro histórico, encontra-se o convento franciscano Nossa Senhora do Amparo, tombado pelo Condephaat em 1972.
O local foi construído originalmente em 1637, servindo como ponto de parada dos jesuítas em viagens pelo litoral. Depois de anos de abandono, o convento foi praticamente reconstruído no início do século 20 e preserva pouco da construção original.
É justamente nesse bairro, antes isolado do centro, que se desenvolveu uma forte tradição caiçara. Ainda hoje, o local é conhecido por agregar a colônia de pescadores e algumas das peixarias mais procuradas.
Logo pela manhã, pescadores descarregam seus barcos com variedade de peixes, e é possível comprar alguns pescados típicos da região.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO
Para quem tem fôlego, o bairro também é ponto de partida para conhecer o sítio arqueológico de São Francisco. As ruínas de uma antiga propriedade estão a mais de 200 metros de altura no parque estadual da Serra do Mar, que são vencidos em quase uma hora de caminhada por uma trilha íngreme.
A administração do sítio aguarda trâmites burocráticos na prefeitura para abrir uma nova via de acesso.
O local, escondido pela mata atlântica, foi habitado entre 1780 e 1880, segundo os objetos, louças e artefatos encontrados ali.
Durante o percurso, são esses fragmentos de louça e de outros utensílios que indicam um pouco do modo como viviam as pessoas quase escondidas na propriedade em meio à mata atlântica.
Crê-se que o local tenha sido, além de um engenho de açúcar, um entreposto de tráfico de mão de obra escrava.
O sítio foi descoberto no começo da década de 90 e aberto à visitação em 1998. O acesso restrito só permite tours com guias credenciados, contatados pelo site www.sitiosaofrancisco.org.br.
No primeiro patamar, já quase sem fôlego, avistamos um grande terraço. Era o espaço destinado à recepção e aos eventos sediados na fazenda. Estão lá elementos decorativos nas pedras e alguns símbolos que ajudam a situar historicamente o sítio.
Logo acima algumas colunas indicam a existência de uma capela, bastante grande se comparada à área total construída. Dali se tem a melhor vista panorâmica de quase todas as praias ao norte do centro histórico.
A visita termina no local onde ficava o engenho de açúcar, com um dos pisos mais conservados do local.
Era onde os escravos aprendiam a lidar com a cana-de-açúcar. (GUILHERME TOSETTO)



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