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DELÍRIO DE PEDRO
Ilha virou museu a céu aberto na década de 60
De aparência fantasiosa, conjunto arquitetônico de Kiji parece saído do filme "O Senhor dos Anéis"
DO ENVIADO ESPECIAL
A SÃO PETESBURGO
A silhueta das catedrais aparece como uma miragem na
vastidão da paisagem do lago
Onega. Como que saído de um
filme como "O Senhor dos
Anéis", o conjunto arquitetônico em madeira da remota ilha
de Kiji (pronuncia-se "quíji")
parece fantasia.
A principal construção do
conjunto é a espetacular igreja
da Transfiguração, de 1714,
com seus 37 metros e suas 22
cúpulas em forma de cebola, senhora absoluta dos cartões-postais de região.
A ilha toda foi convertida no
museu a céu aberto de história,
arquitetura e etnografia pelo
governo soviético em 1966.
Aproveitando riqueza arquitetônica do local, outras construções em madeira da região da
Carélia foram transportadas
pelos estudiosos até Kiji.
O local concentra 83 edifícios, entre igrejas, casas, capelas, moinhos e armazéns, que
recriam a vida camponesa da
região. Entre eles, a minúscula
igreja de são Lázaro, a mais antiga igreja em madeira da Rússia, do século 14.
Cruzeiros
Apesar de a ilha de Kiji ser
considerada patrimônio cultural da humanidade pela Unesco, algumas de suas construções carecem urgentemente de
restauração.
A própria igreja da Transfiguração é sustentada por uma
armação de metal, e seu interior não está aberto à visitação.
Para chegar a Kiji, é preciso
tomar o trem que sai de São Petersburgo à noite e chega pela
manhã à Petrozavodsk, capital
da Carélia. De lá um barco faz o
transporte até a ilha.
A alternativa é fazer um cruzeiro de quatro dias pela região
do lago Onega, visitando ainda
o arquipélago de Valaam e seus
monastérios dos séculos 17 e 18.
Os navios que fazem o cruzeiro
até Moscou pelos lagos, canais
e rios do interior da Rússia
também param em Kiji.
(TUCA VIEIRA)
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