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ESPANHA INOVA
CaixaForum já é ponto turístico na capital
Projetado pela dupla suíça Herzog & De Meuron, o museu fica cravado no circuito cultural de Madri
DO ENVIADO ESPECIAL A MADRI
Em Madri, o visitante que
gosta de artes plásticas não tem
como fugir de alguns dos principais museus do mundo: o
Prado, o Reina Sofía e o
Thyssen-Bornemisza.
Em uma síntese muito resumida dos destaques de cada um
deles, o primeiro tem as principais pinturas de Velázquez e
Goya; o segundo exibe "Guernica", de Picasso; e o último é
considerado a instituição com a
principal coleção particular do
mundo, com obras-primas de
diversos períodos.
Todos giram em torno do paseo del Prado, uma das principais e mais bonitas avenidas da
capital espanhola. E é justamente nesse endereço que ganha força um novo museu: o
CaixaForum, projeto da badalada dupla de arquitetos suíços
Herzog & De Meuron -que
projetou o estádio Ninho de
Pássaro, em Pequim, e vai fazer
o novo teatro de dança e ópera
no bairro da Luz, em São Paulo;
a obra tem previsão de entrega
para o final do ano que vem.
O prédio do CaixaForum foi
inaugurado em fevereiro do
ano passado e se converteu, rapidamente, em ponto turístico
obrigatório na cidade.
Para isso, contribuem os
bons espaços expositivos e a arquitetura arrojada. O edifício
tem, na entrada, um grande vão
livre. E uma de suas fachadas é
inteiramente preenchida por
um "tapete" verde de plantas.
Em cartaz
Outro ponto forte é a qualidade da programação de exposições. Em cartaz até 3/5, a
mostra "Zonas de Risco", com
curadoria da crítica espanhola
Nimfa Bisbe, reúne principalmente videoinstalações de nomes destacados da arte contemporânea.
Uma das mais provocativas é
a da espanhola Alicia Framis,
"Bem-Vindos ao Museu de
Guantánamo", que cria um ambiente que remete à famosa prisão norte-americana em território cubano, onde são detidos
suspeitos de ligação com o terrorismo. Objetos, maquetes, fotos e um poderoso trabalho sonoro -no qual o alemão Blixa
Bargeld enumera os nomes de
274 prisioneiros, ordenados
pelo escritor Enrique Vila-Matas- criam forte incômodo.
Outra obra de veio político
chama a atenção. É o vídeo
"Centro de Permanência Temporária", do albanês Adrian Paci. Filmados no aeroporto de
San José, na Califórnia (EUA),
homens de meia-idade, com
traços de imigrantes latinos,
sobem uma escada de avião e
não chegam a lugar algum. Ao
fundo, aviões aterrissam.
Há outros grandes artistas
em cartaz, como a finlandesa
Eija-Liisa Ahtila -um dos principais nomes da videoarte hoje,
que teve obras apresentadas na
última Bienal de São Paulo- , a
libanesa radicada na Inglaterra
Mona Hatoum, a iraniana Shirin Neshat e o argentino Miguel
Ángel Ríos.
Completam a programação
atual a reunião de obras do período fauve do francês Maurice
de Vlaminck (1876 -1958), em
cartaz de 11/3 a 7/7, e a exposição que mostra as etapas de
criação de uma obra do espanhol Miquel Barceló para o Palácio das Nações Unidas, em
Genebra -acaba em 17/3.
(MG)
CAIXAFORUM
Entrada gratuita. De seg. a dom.,
das 10h às 20h; tel.: 00/xx/ 34/
91/330-7300;
http://obrasocial.lacaixa.es/centros/caixaforummadrid_es.html
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