São Paulo, quinta-feira, 05 de março de 2009

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ESPANHA INOVA

Museu põe Móstoles, cidade da Grande Madri, no mapa

O Centro Cultural Dos de Mayo, que ocupa casa do século 19, leva os turistas para os arredores da capital

DO ENVIADO ESPECIAL A MÓSTOLES

Na Grande Madri, a cidade de Móstoles, 18 km ao sul da capital, é facilmente ignorada por visitantes em seus roteiros. Mas, desde a inauguração Centro de Arte Dos de Mayo -que abriu as portas em em maio do ano passado-, quem viaja em busca de arte deve incluir a cidade no mapa. Para quem se interessa por arte contemporânea, a instituição apresenta uma consistente reunião de atrativos: boa programação de mostras temporárias; um prédio planejado para exibir especificamente obras contemporâneas (ou seja, peças de grandes dimensões podem ser expostas ali sem problemas); e um local que foge de um passeio lugar-comum.
Andando pelo centro de Móstoles, a população é muito diversa da que circula pelas ruas da capital. Traços de imigrantes latino-americanos, africanos e árabes são maioria.

Dos de Mayo
A partir de um prédio antigo, do século 19, conhecido como La Casona, na zona central da cidade, foi feito o novo museu, com projeto assinado pelo arquiteto Pablo Pérez-Urruti. A coleção da instituição passa de 1.800 obras. Há de tudo, desde vídeos de artistas prestigiados como Antoni Muntadas, Alberto García Alix e Rafael Lozano-Hemmer, a nomes hoje já clássicos, como Antoni Tápies e Eduardo Chillida.
As exposições privilegiam artistas emergentes e jovens. A principal mostra em cartaz atualmente é a da dupla de Barcelona Bestué e Vives. "Cisnes e Ratos" consiste, em especial, em duas grandes instalações nas quais o visitante passa por ambientes apertados, em que os artistas criam um universo cotidiano muito particular, com influências surrealistas. Outra mostra celebra as ações do alemão radicado em Viena Leopold Kessler, participante de eventos de peso, como a Bienal de Veneza, em 2003. Sua especialidade é fazer intervenções e ações em espaços públicos e registrá-las em fotografias, vídeos e esculturas. As mostras acabam em 3/5.

Mais aquisições
Para promover e melhorar o centro, a Arco, uma das principais feiras de arte do mundo, destina algumas de suas obras premiadas para a instituição. Dessa forma, já foram para a coleção do Dos de Mayo trabalhos de artistas como o uruguaio Martín Sastre e a japonesa Kaoru Katayama. Além das mostras, a instituição se destaca por promover ciclos de cinema. (MARIO GIOIA)



CENTRO DE ARTE DOS DE MAYO
Entrada gratuita; aberto de ter. a dom., das 11h às 19h; tel.: 00/xx/ 34/91/276-0213; www.madrid.org/centrodeartedosdemayo




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