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PARQUE NACIONAL
Alguns locais, afastados de Lençóis, Palmeiras ou Mucugê, só têm acesso por estradas esburacadas
Distância entre atrações pede pouso alternado
DO ENVIADO ESPECIAL À CHAPADA
DIAMANTINA
Há guias que afirmam que 28
dos 57 municípios da Chapada
Diamantina são turísticos, mas
para se chegar a esse número é
preciso incluir cidades que,
embora possuam grutas, cachoeiras ou trilhas interessantíssimas, têm nenhuma ou quase nenhuma infra-estrutura
para receber visitantes.
As cidades da Chapada que,
além de atrativos naturais, têm
centenas de leitos em pousadas
ou hotéis no mínimo de categoria turística são Mucugê, Lençóis, Palmeiras e Andaraí.
Para quem for ficar mais de
uma semana, vale alternar o local de hospedagem. A Chapada
é imensa, havendo, por exemplo, atrações a mais de 200 quilômetros de Lençóis, só acessíveis por grandes trechos de estradas de terra esburacadas.
Mesmo não contando com o
apelo turístico de Lençóis, Mucugê, que tem mais de 70% da
sua renda proveniente da agricultura, é tranqüila e fotogênica, sem pobreza evidente e com
casario também colorido.
Uma curiosidade é a festa de
São João, de 15 a 24 de junho,
com apresentações da filarmônica local e café da manhã diários e gratuitos.
Outras atrações são o cemitério Bizantino -que é de 1855 e
tem túmulos brancos de arquitetura variada e inusitada- e o
Parque Municipal de Mucugê.
No município de Ibicoara, o
que imanta visitantes é a cachoeira do Buracão, de 95 metros. Para chegar lá, são 30 quilômetros de van e mais duas
horas de trilha. Se não tiver nenhum pacote prévio, fale com a
ACVIB (Associação de Condutores de Visitantes de Ibicoara), no centrinho, para ir até lá.
O final da cachoeira revela
uma das melhores "ecorrecompensas" da Chapada: um cânion com aproximadamente 3
metros de largura e 90 metros
de altura. É por ele que passa a
água da cachoeira, em correnteza, após a queda.
Com os guias, o turista se
aproxima da cachoeira por uma
das paredes do cânion. Nos dias
em que a água vem com mais
força, ela "chove" forte em
quem está nas paredes. Você se
segura nas pedras como pode.
Lembra uma situação pós-naufrágio. Não parece que as pessoas estão ali porque querem.
Mas depois você se joga na
água e, sem precisar nadar, por
causa da correnteza, está cercado por um dos mais improváveis cenários que já apreciou.
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