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Cidade Proibida e praça Tiananmen lembram eras marcantes
Pequim traduz o país com ícones históricos e sociais
NA CHINA
Com mais de 12 milhões de habitantes, Pequim é a mais perfeita
tradução do país do qual é capital.
Imensa, reúne alguns dos marcos
fundamentais da China imperial,
é sede do todo-poderoso regime
comunista e epicentro do avassalador processo de transformação
econômica e social chinês.
A praça Tiananmen (Paz Celestial), que em 1989 foi palco das
maiores manifestações pró-democracia já ocorridas no país desde a implantação do comunismo
(1949), é o coração da cidade.
Naquele ano, cerca de 1 milhão
de pessoas ocuparam a praça para
pressionar por reformas democráticas. Ao final de várias semanas, o Exército reprimiu duramente os manifestantes, deixando vários mortos e feridos.
É um lugar grandioso e impressionante, onde está situada a principal entrada da Cidade Proibida,
símbolo máximo da China imperial, hoje dominada por um enorme cartaz de Mao Tsé-tung, líder
maior da Revolução de 1949.
A figura de Mao à frente do palácio erguido e habitado desde o
século 15 por sucessivas dinastias
de imperadores vem, ironicamente, corroborar o comentário
maldoso de alguns críticos do comunismo que definem o regime
chinês, devido a seu caráter autocrático, como herdeiro e sucessor
do império. A múmia de Mao
também está exposta na praça,
num esquisitíssimo mausoléu.
A Cidade Proibida é um daqueles monumentos mundialmente
famosos que, apesar de toda a expectativa, dificilmente frustra o
visitante. Trata-se de um impressionante conjunto de muralhas,
torres, pátios e palácios, dispostos
de forma absolutamente simétrica, no mais puro estilo Ming.
Apenas o templo do Céu, situado num parque a 1,5 km de distância, se compara em termos de
grandiosidade. O templo taoísta,
onde os imperadores costumavam realizar suas oferendas
anuais, é simplesmente uma maravilha. Destacam-se a harmonia
de todo o complexo, a interação
entre as linhas retas e as curvas, a
qualidade do trabalho de entalhe
do mármore e a beleza do azul
profundo dos telhados de cerâmica que cobrem os edifícios.
Pequim é também próxima às
seções mais visitadas da Muralha
da China, principal atração turística do país. Construída inicialmente há cerca de 2.200 anos, a
muralha se estende por todo o
norte do país. Percorrê-la por algumas dezenas ou centenas de
metros é uma experiência emocionante e inesquecível, apesar do
grande número de turistas e vendedores ambulantes presentes.
Além das acima descritas, Pequim tem uma longa lista de atrações de primeira grandeza. É, enfim, uma grande capital que exige
pelo menos sete dias para ser minimamente explorada.
(OD)
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