São Paulo, quinta-feira, 05 de outubro de 2006

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ROTA SUL-AMERICANA

Dois trajetos ligam SP a Buenos Aires

Ida pode ser via Foz e volta pelo Uruguai; trecho da BR-101 entre Porto Alegre e Florianópolis é ruim

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DO ENVIADO ESPECIAL

Dois trajetos principais ligam São Paulo a Buenos Aires, e os dois são igualmente lindos e ricos em possibilidades turísticas: via Foz do Iguaçu, passando pelo Paraná e pelo norte da Argentina, e via Uruguai, passando pelo Sul do país.
A melhor opção é ir por um caminho e voltar pelo outro, escolhendo pelo menos três paradas em cada um deles.
As estradas costumam ser boas durante boa parte do percurso, exceto no trecho da BR-101 que liga Porto Alegre a Florianópolis, tortuoso, com buracos e alto fluxo de veículos de grande porte. O trecho entre Florianópolis e São Paulo está duplicado e em boas condições.
As rodovias uruguaias, principalmente as que correm pelo litoral, são bem conservadas e têm pouco tráfego; as da Argentina estão em plena forma, ainda que haja movimentação mais intensa em alguns trechos, inclusive de caminhões.
Em Buenos Aires, o trânsito é difícil e exige atenção. Não mais do que em São Paulo, mas os costumes e erros cometidos pelos motoristas são diferentes.
Nas grandes avenidas típicas da capital argentina, os portenhos não hesitam em trocar de faixa, tornando o tráfego mais bagunçado do que o normal. Por outro lado, eles respeitam as sinalizações. A malha urbana da cidade não faz segredos, com vias retas, quarteirões quadrados e poucos desvios.
Se a dúvida era quanto à qualidade do asfalto que liga as duas cidades, vá tranqüilo, portanto. Ele merece nota sete. A aventura, ainda assim, exige preparação. É essencial revisar o carro, verificar se é necessário trocar o óleo e os filtros, calibrar os pneus, organizar mapas e documentação -impreterivelmente com os originais (veja lista nesta página).
Lembre-se de que o percurso total, contando ida e volta, soma sempre mais de 5.000 km.
Acionar o seguro do automóvel deve ser o primeiro item dessa lista. Sem a chamada carta verde, concessão para uso do seguro em outros países, que para ser tirada demora três dias, não é possível nem mesmo passar pela fronteira.
Por último, as malas. Elas devem levar roupa para situações de calor intenso -Foz do Iguaçu e o norte da Argentina são quentes até no inverno -e de muito frio, pois em Buenos Aires e em todo o Uruguai a temperatura pode ser negativa com as frentes frias costumeiras, ainda durante a primavera.
Malas prontas, dá um frio na barriga sair de São Paulo. Mas voltar com o trajeto completo e cheio de histórias na bagagem deixa, sem dúvida, um gosto de satisfação. (GUSTAVO FIORATTI)


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