São Paulo, quinta-feira, 06 de agosto de 2009

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MIAMI 2 EM 1/KEY BISCAYNE E SoBe

Em Miami, escolha a sua ilha da fantasia

Distantes poucos quilômetros, Key Biscayne alia parque, farol e praias, e South Beach/SoBe é puro agito

SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO

Verso e anverso da mesma moeda, South Beach/Miami Beach e Key Biscayne, na região chamada de Greater Miami and The Beaches, são duas das ilhas que vivenciam cotidianos distintos, embora distem poucos quilômetros uma da outra atravessando "causeways", que são as vias expressas sobre pontes que conectam os aglomerados urbanos locais.
De fato, tanto Miami Beach como Key Biscayne são duas das prefeituras satélites de Miami (www.miamiandbeaches.com) onde, no total, vivem 850 mil habitantes em 25 distritos, abrigando uma das maiores concentrações de hotéis de luxo em todo o mundo e recebendo voos de 89 empresas aéreas de 138 países.
No sudeste da Flórida, na embocadura do rio Miami e diante da baía de Biscayne, a Grande Miami tem, no verão, temperaturas médias de 29C e, no inverno, de 19C. É também um enorme porto para transatlânticos de passageiros.

Miami, SoBe
South Beach -codinome SoBe- é o endereço da badalação descrito de forma mordaz no livro "Fool's Paradise... Players, Poseurs and the Culture of Excess in South Beach", de Steven Gaines. Ali, à beira-mar, na Ocean Drive, 1.114, fica a mansão em estilo neomediterrâneo diante da qual o estilista ítalo-americano Gianni Versace, seu proprietário, foi assassinado aos 50 anos, em 1997.
Trasmutada em local de peregrinação chique, a casa, de 1930, já se chamou Amsterdam Palace e foi adquirida pelo designer em 1993. "Over", a grife Versace (www.versace.com) vestiu a princesa Diana e os astros pop Elton John e Sting.
Ideal para flanar, SoBe tem, além de pérolas arquitetônicas de Ocean Drive e das avenidas Collins e Washington, bares agitados e restaurantes, como o destacado neocubano Lario's on the Beach (www.bongoscubancafe.com), da cantora pop Gloria Estefan e em cujo menu há delícias que até poderiam ter saído de um cardápio trivial brasileiro, como arroz, feijão, leitão, banana assada -idem uma extensa lista de drinques e vinhos.
Ocean Drive tem ainda lojas praianas de gosto duvidoso e pitorescos hotéis e predinhos com néons art déco, caso do Marlin, Leslie, Cardozo e Clevelander, com bares acesos.
Nos anos 1980, SoBe ficou mais intensa quando o designer Leonard Horowitz repaginou cerca de 150 prédios, pintando as fachadas com cores vivas. Ainda na região, o Sanford L. Ziff Jewish Museum funciona na avenida Washington, 301, num local onde, a partir de 1936, havia uma sinagoga.

Lincoln Road
Outro ponto culminante da muvuca de South Beach é a região de Lincoln Road, uma travessa das avenidas Collins e Washington entre as ruas 16 e 17. Essa rua remonta à década de 1920, quando o empreendedor pioneiro Carl Fisher a concebeu, modéstia às favas, para ser a "Quinta avenida do sul".
Dos primórdios, a singela igreja católica caiada no estilo colonial-mediterrâneo, aberta em 1921, foi consagrada com o nome de Miami Beach Community Church (www.mdcommunitychurch.org) -e admirar os vitrais internos vale o momento de descanso.
A regeneração urbana de Lincoln Road começou em 1984, quando surgiu o South Florida Art Center (SFAC). Foi então que essa rua simpática e informal foi repaginada nas proximidades de onde o arquiteto modernista Morris Lapidus projetou, nos anos 1950, os hotéis-resort DiLido (que hoje, restaurado à perfeição, virou o Ritz-Carlton South Beach) e o Fontainebleau.
À noite, o movimento é intenso nos calçadões de Lincoln Road e há belos prédios art déco, caso do Lincoln Theatre. De dia, a Lincoln Road é um centro de compras simpático e, nesse momento em que o espectro da crise econômica ainda ronda os EUA, há diversas lojas com liquidações arrasadoras e cartazes com dizeres do tipo "everything must go!".
A área de calçadões é bem sinalizada e, nas esquinas, mapas gigantes indicam a localização das lojas e restaurantes.
Entre os negócios chiques, há butiques que vendem coleções de grifes como Marc Jacobs e uma imensa loja de "gadjets" de computação, a Apple Store (www.apple.com/retail/lincolnroad), que vende iPods e outros equipamentos da marca McIntosh.
Para comer, Lincoln Road tem desde uma loja de chocolates Ghirardelli (www.ghirardelli.com), no número 891, até inúmeras opções de restaurantes, quase todos com mesas no calçadão. Entre eles, veja alguns destaques:

No número 1.014
O Quattro (www.quatromiami.com), é um bistrô italiano contemporâneo e elegante, embora relativamente caro. Autêntico, tem extensa carta de vinhos.

No número 1.040
O Segafredo Espresso Miami Beach (www.segafredocafe.com) é um "café-lounge" modelo badalado.

No número 731
O Spris (www.spris.cc) faz as vezes de pizzaria e sanduicheria moderna que serve também vinhos e cerveja.

No número 721
Tiramesu (www.tiramesu.com) é outro italianinho agiornado, serve imensos pratos de massa.

No número 501
O Yuca's (www.yuca.com) é um neocubano de fato bacana que, apesar de já ter vivido dias de mais arrojo culinário, é atraente para quem gosta do estilo "nuevo latino" de Miami Beach.

No número 819
O Trattoria da Leo (www.daleotrattoria.com), tido pelo mais antigo restaurante de Lincoln Road, é despojado e até barateiro, servindo boa lasanha e doces bem italianos feitos no local.


SILVIO CIOFFI viajou a convite da rede hoteleira Ritz-Carlton e da US Travel Association


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