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Bolinho de goma sustenta famílias
DO ENVIADO ESPECIAL
É do tipo "impossível comer
um só". O bolinho de goma de
Maragogi ficou famoso na região
e é fonte de renda para várias famílias do vilarejo de São Bento,
onde se concentra sua produção.
A quituteira mais famosa é tia
Leni, ou Leni Maria dos Santos,
52, que hoje tem uma pequena fábrica da guloseima no vilarejo. Ela
aprendeu a fazer os famigerados
bolinhos há 37 anos, com uma
prima. No início, era apenas para
o consumo da família.
Depois, ela começou a vender
os quitutes em casa. Os bolinhos
fizeram tanto sucesso que tia Leni
os levava para vender nas docerias de Recife. Daí, o negócio não
parou de crescer.
Original
"Diferentemente das outras
quituteiras, eu comecei a fazer os
bolinhos em forma de concha e de
pingo, não apenas achatado com
o garfo", explica. O trabalho é todo manual. As conchas são feitas
à mão, com uma tesoura.
Há sete anos, com o incentivo
do filho, tia Leni abriu a fábrica.
Os bolinhos dela foram vendidos
em supermercados nas capitais
nordestinas e em Brasília.
Além dos bolinhos de goma,
também conhecidos como sequilhos, a fábrica produz bolacha folhada doce e salgada, bolacha de
água e sal e suspiro.
"Nós fazemos o suspiro para
aproveitar as claras dos ovos, já
que no bolinho de goma se utiliza
apenas a gema", diz.
Além da gema, vai na receita leite de coco ("sem misturar com
água"), açúcar, manteiga, sal e
amido de milho, que atualmente
substitui a goma da mandioca,
que ainda dá nome ao docinho.
Segundo um funcionário da fábrica, a substituição aconteceu
por conta da baixa produção de
mandioca e porque a goma deixava o bolinho "azedinho".
(AP)
Fábrica da tia Leni - travessa Maria Sebastiana de Ataíde, 230, São Bento, Maragogi; tel. 0/xx/82/296-7234
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