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Jangadas viram bar sobre piscina
DO ENVIADO ESPECIAL
No meio do mar, na praia de
Pajuçara, em Maceió, surgem
bancos de areia formando piscinas naturais quando a maré está
baixa. As piscinas se consagram a
cerca de 1.600 m da costa, e o
transporte até elas -que custa R$
13 por pessoa- é a jangada, que
comporta até seis pessoas.
Durante o percurso, que dura
pouco mais de 20 minutos, o visitante entra em contato com a
arte da navegação em jangada,
desde o momento em que a embarcação é lançada ao mar.
O jangadeiro Paurílio Francisco Santos, 50, há 36 anos na profissão, explica que navegar em
jangada é "um jogo". "Vamos de
acordo com o vento e o tempo. A
distância pode ficar mais longa,
dependendo do dia", diz. Diz-se
que os melhores dias para a viagem são na lua cheia e na nova.
Na saída, ainda no raso, Santos
impulsiona o barco empurrando
o remo na areia. Depois, explica,
é a hora de "zingar", fazer movimentos em ziguezague com o remo atrás da jangada. O local onde se encaixa o remo é maliciosamente chamado de "fêmea". Coloca-se água na vela para "encopar o pano e o vento não passar".
Para não causar danos aos corais, barcos motorizados não
passam ali. No meio do caminho, uma surpresa. Um garoto
nada em direção à jangada. Ele é
um dos garçons dos vários bares
montados em cima de jangadas
sobre as piscinas. Mais ao sul de
Maceió, na praia de Ipioca, também há piscinas naturais.
(AP)
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