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São Paulo, segunda-feira, 06 de outubro de 2003

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Jangadas viram bar sobre piscina

DO ENVIADO ESPECIAL

No meio do mar, na praia de Pajuçara, em Maceió, surgem bancos de areia formando piscinas naturais quando a maré está baixa. As piscinas se consagram a cerca de 1.600 m da costa, e o transporte até elas -que custa R$ 13 por pessoa- é a jangada, que comporta até seis pessoas.
Durante o percurso, que dura pouco mais de 20 minutos, o visitante entra em contato com a arte da navegação em jangada, desde o momento em que a embarcação é lançada ao mar.
O jangadeiro Paurílio Francisco Santos, 50, há 36 anos na profissão, explica que navegar em jangada é "um jogo". "Vamos de acordo com o vento e o tempo. A distância pode ficar mais longa, dependendo do dia", diz. Diz-se que os melhores dias para a viagem são na lua cheia e na nova.
Na saída, ainda no raso, Santos impulsiona o barco empurrando o remo na areia. Depois, explica, é a hora de "zingar", fazer movimentos em ziguezague com o remo atrás da jangada. O local onde se encaixa o remo é maliciosamente chamado de "fêmea". Coloca-se água na vela para "encopar o pano e o vento não passar".
Para não causar danos aos corais, barcos motorizados não passam ali. No meio do caminho, uma surpresa. Um garoto nada em direção à jangada. Ele é um dos garçons dos vários bares montados em cima de jangadas sobre as piscinas. Mais ao sul de Maceió, na praia de Ipioca, também há piscinas naturais. (AP)


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