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HAJA LAGOAS
Fé, comida e indumentária são contemplados no local que discorre sobre a cultura do povo desse Estado
Museu popular examina o "fazer alagoano"
DO ENVIADO ESPECIAL A ALAGOAS
Entrar em contato com o "fazer
alagoano", ou melhor, com a cultura popular do Estado, é uma das
experiências do turista que conhecer o Museu Théo Brandão,
num casarão dos anos 1930, de
frente para a praia da Avenida.
Após ficar 14 anos fechado, o
museu -que começou com a coleção particular de Théo Brandão,
famoso folclorista alagoano-
voltou a funcionar em 2001. Lá se
encontra de tudo um pouco: da
culinária à religião, passando pelas festas e brincadeiras regionais.
No ala da cozinha, há panelas de
barro, conchas de coco, peneiras,
cerâmicas e até receitas, que estão
escritas nas prateleiras.
Há peças como moringas antropomorfas, usadas para esfriar a
água (hoje substituídas pela geladeira), feitas no antigo município
sergipano de Carrapicho, hoje
chamado de Santana do São Francisco -perto de Penedo (AL).
Na primeira sala do museu de
três andares, um painel com fotos
revela o povo alagoano: o tipo físico, as atividades, as brincadeiras.
Na sala dedicada à fé, há uma
instalação com ex-votos (partes
do corpo esculpidas em madeira
para agradecer a cura de uma
doença) e várias esculturas de
santos e de entidades de religiões
afro-brasileiras. O curioso é que o
público joga moedas pedindo
graças. O dinheiro é recolhido e
revertido para o museu.
No segundo andar, está o "comemorar alagoano", com indumentárias dos folguedos, como os
chapéus de guerreiro e os vestidos
do pastoril. Ainda no segundo andar, há a Mamãe, um boneco gigante que comanda o bloco carnavalesco "Filhinhos da Mamãe",
organizado pelo museu.
No pátio ocorrem apresentações de folguedos às quintas, das
20h às 23h, com entrada gratuita.
(AUGUSTO PINHEIRO)
Museu Théo Brandão - av. da Paz,
1.490, Centro
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