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São Paulo, segunda-feira, 06 de outubro de 2003

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HAJA LAGOAS

Fé, comida e indumentária são contemplados no local que discorre sobre a cultura do povo desse Estado

Museu popular examina o "fazer alagoano"

DO ENVIADO ESPECIAL A ALAGOAS

Entrar em contato com o "fazer alagoano", ou melhor, com a cultura popular do Estado, é uma das experiências do turista que conhecer o Museu Théo Brandão, num casarão dos anos 1930, de frente para a praia da Avenida.
Após ficar 14 anos fechado, o museu -que começou com a coleção particular de Théo Brandão, famoso folclorista alagoano- voltou a funcionar em 2001. Lá se encontra de tudo um pouco: da culinária à religião, passando pelas festas e brincadeiras regionais.
No ala da cozinha, há panelas de barro, conchas de coco, peneiras, cerâmicas e até receitas, que estão escritas nas prateleiras.
Há peças como moringas antropomorfas, usadas para esfriar a água (hoje substituídas pela geladeira), feitas no antigo município sergipano de Carrapicho, hoje chamado de Santana do São Francisco -perto de Penedo (AL).
Na primeira sala do museu de três andares, um painel com fotos revela o povo alagoano: o tipo físico, as atividades, as brincadeiras.
Na sala dedicada à fé, há uma instalação com ex-votos (partes do corpo esculpidas em madeira para agradecer a cura de uma doença) e várias esculturas de santos e de entidades de religiões afro-brasileiras. O curioso é que o público joga moedas pedindo graças. O dinheiro é recolhido e revertido para o museu.
No segundo andar, está o "comemorar alagoano", com indumentárias dos folguedos, como os chapéus de guerreiro e os vestidos do pastoril. Ainda no segundo andar, há a Mamãe, um boneco gigante que comanda o bloco carnavalesco "Filhinhos da Mamãe", organizado pelo museu.
No pátio ocorrem apresentações de folguedos às quintas, das 20h às 23h, com entrada gratuita. (AUGUSTO PINHEIRO)


Museu Théo Brandão - av. da Paz, 1.490, Centro


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