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VERÃO POTIGUAR
Vista de forte consegue tirar turistas da areia
Viagem só fica completa se tiver passeio de bugue e de dromedário pelas dunas e mergulhos nos arrecifes
Pedro Carrilho/Folha Imagem
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Forte dos Reis Magos, construção que tem formato de estrela
PEDRO CARRILHO
ENVIADO ESPECIAL A NATAL (RN)
Em Natal, a ausência de um
centro histórico bem preservado é amplamente compensada
pelas praias. A cidade fica no
centro de um dos mais belos litorais do país. O morro do Careca, as dunas de Genipabu e as
falésias da praia de Pipa são alguns dos símbolos do turismo
em terras potiguares.
Isso tudo, no entanto, já deixou de ser segredo há algum
tempo. Natal é uma das cidades
brasileiras que mais recebe turistas estrangeiros, principalmente portugueses e italianos.
Mas a capital do Rio Grande
do Norte não é puro sossego à
beira-mar. Orgulhosa detentora do título de maior Carnaval
fora de época, o Carnatal, perto
do feriado natalino, ela sabe entreter seus visitantes.
Algumas áreas da cidade, como Ponta Negra, não param de
crescer, e a cada ano surgem
novos hotéis, bares e restaurantes. Não faltam também opções de passeios: de bugue
(com ou sem emoção), na corcova de dromedários, em helicóptero, em cima de sandboards (pranchas de areia) ou
debaixo d'água, caso de mergulhos pelos recifes.
Dia de rei
No campo do patrimônio histórico da capital potiguar, o forte, com o perdão do trocadilho,
é o forte dos Reis Magos, construído em forma de estrela. Ele
é uma das poucas atrações que
conseguem realmente tirar os
turistas das areias à beira-mar.
Localizado no encontro do
rio Potengi com o mar, toda sua
área rende belas vistas das
praias urbanas, das dunas de
Genipabu e, mais recentemente, da enorme ponte estaiada.
Em seu interior está o marco de
Touros: tido pelo primeiro
marco de posse dos portugueses no Brasil, é de 1501.
No alto de uma ladeira e também com vista privilegiada da
região central de Natal, incluindo a ponte, o forte e o bairro da
Ribeira Velha, fica o Centro de
Turismo. O ponto abriga lojinhas de artesanato e a Galeria
de Arte Antiga e Contemporânea, e promove, semanalmente, o "Forró com Turista".
O bairro da Ribeira Velha, na
margem do rio Potengi, carece
de revitalização, mas concentra
alguns dos únicos conjuntos de
casario histórico da cidade.
Seguindo ao sul, em direção
ao centro da cidade, ficam a
igreja de Santo Antônio, mais
conhecida como igreja do Galo,
que abriga um pequeno museu
de arte sacra, e o centenário
teatro Alberto Maranhão.
O historiador, antropólogo e
folclorista Luís da Câmara Cascudo (1898-1986), um potiguar
ilustre, dá nome a um museu e a
um memorial. O museu Câmara Cascudo, no bairro do Tirol,
foi construído nos anos 60, como Instituto de Antropologia.
O acervo possui fósseis, reproduções de ambientes e maquetes. Já o memorial de Câmara Cascudo, no centro, reúne cerca de 10 mil livros da biblioteca do folclorista, em uma
construção do século 18, reconstruída em 1875 para abrigar a Tesouraria da Fazenda.
Erguido em 1873, o palácio Potengi foi sede do governo por
mais de 90 anos e hoje abriga a
pinacoteca Potiguar, com obras
de artistas regionais.
Para a areia
No mais, todos os caminhos
levam às praias. As mais centrais ficam lotadas nos finais de
semana e são muito populares
entre os moradores dos bairros
próximos. São elas a praia do
Forte, a do Meio, a dos Artistas
e a da Areia Preta, quase sempre com bares, quiosques e
grandes piscinas naturais
E um dos melhores ângulos
para apreciar o panorama de
praias, o forte, a ponte estaiada
e os bairros centrais da Ribeira,
Rocas e Santos Reis, é subindo
a ladeira do Sol em direção ao
bairro de Petrópolis, na avenida Getúlio Vargas.
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