São Paulo, quinta-feira, 08 de fevereiro de 2007

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UVA SEM CHUVA

Enoturismo e aventura inebriam viajante

De avião, melhor rota é ir a Santiago do Chile e, de lá, para Mendoza; em março, há festa da colheita

SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO

Numa região cortada pelos rios Mendoza, Tunuyán, Diamante, Atuel, Grande e Luján, com 700 vinícolas e rodeada de montanhas como o Aconcágua (6.962 m) e Tupungato (6.580 m), Mendoza é cenário de esportes radicais, como rafting e trekking, no verão, e cavalgadas na neve, no inverno.
Mas sua verdadeira vocação é o turismo enogastronômico (www.caminosdelvino.com) -neste ano, a festa nacional da colheita será entre 3 e 5/3. Há na região bodegas premiadas, como Catena Zapata, Salentein, La Agricola, Norton e Finca Flichman, empresas que entraram no mapa da vinicultura mundial nos anos 1980.
Para o turista que embarca em São Paulo, Mendoza (www.turismo.mendoza.gov.ar), na Argentina, fica muito mais perto de Santiago do Chile (400 km) do que de Buenos Aires (1.100 km).
Capital da Província de mesmo nome, emoldurada pela sierra de los Paramillos, Mendoza é, assim, uma cidade literalmente desfrutável, onde as empanadas de recheios variados e os assados de cabrito estão no centro das conversas.

Tremenda
Fundada, já em 1562, pelo capitão Juan Jufré, foi logo habitada pelos "criollos", nome que se dá aos pioneiros. Mas a chegada dos imigrantes espanhóis e italianos foi determinante na construção de sua identidade.
De lá para cá, Mendoza vivenciou e protagonizou campanhas militares, terremotos e, recentemente, histórias de sucesso ligadas à pujante indústria vitivinícola (leia à pág. F6).
O general San Martín lá esteve em 1817, para cruzar os Andes e proclamar a independência do Chile.
Em 1861, um terremoto destruiu a cidade. As pessoas saíram das casas e, a seguir, foram soterradas pelos escombros.
Mendoza foi então reconstruída, tendo no centro a imensa praça da Independência, onde a população poderia se refugiar em ocorrência semelhante.
Tradicional, a festa da vindímia espelha a pujança da economia local -segundo o Instituto Nacional de Vitivinicultura da Argentina, em 2006 as exportações foram superiores a US$ 350 milhões.
É também a oportunidade de se inebriar com um evento abençoado pela Virgen de la Carrodilla.
Desde 1936, no primeiro fim de semana de março, a rainha da vindímia mendocina é eleita em festividades que duram dois dias e opõem as 17 regiões produtoras de vinho.


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