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UVA SEM CHUVA
Enoturismo e aventura inebriam viajante
De avião, melhor rota é ir a Santiago do Chile e, de lá, para Mendoza; em março, há festa da colheita
SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO
Numa região cortada pelos
rios Mendoza, Tunuyán, Diamante, Atuel, Grande e Luján,
com 700 vinícolas e rodeada de
montanhas como o Aconcágua
(6.962 m) e Tupungato (6.580
m), Mendoza é cenário de esportes radicais, como rafting e
trekking, no verão, e cavalgadas
na neve, no inverno.
Mas sua verdadeira vocação é
o turismo enogastronômico
(www.caminosdelvino.com)
-neste ano, a festa nacional da
colheita será entre 3 e 5/3. Há
na região bodegas premiadas,
como Catena Zapata, Salentein, La Agricola, Norton e Finca Flichman, empresas que entraram no mapa da vinicultura
mundial nos anos 1980.
Para o turista que embarca
em São Paulo, Mendoza
(www.turismo.mendoza.gov.ar), na Argentina, fica muito
mais perto de Santiago do Chile
(400 km) do que de Buenos Aires (1.100 km).
Capital da Província de mesmo nome, emoldurada pela
sierra de los Paramillos, Mendoza é, assim, uma cidade literalmente desfrutável, onde as
empanadas de recheios variados e os assados de cabrito estão no centro das conversas.
Tremenda
Fundada, já em 1562, pelo capitão Juan Jufré, foi logo habitada pelos "criollos", nome que
se dá aos pioneiros. Mas a chegada dos imigrantes espanhóis
e italianos foi determinante na
construção de sua identidade.
De lá para cá, Mendoza vivenciou e protagonizou campanhas militares, terremotos e,
recentemente, histórias de sucesso ligadas à pujante indústria vitivinícola (leia à pág. F6).
O general San Martín lá esteve em 1817, para cruzar os Andes e proclamar a independência do Chile.
Em 1861, um terremoto destruiu a cidade. As pessoas saíram das casas e, a seguir, foram
soterradas pelos escombros.
Mendoza foi então reconstruída, tendo no centro a imensa praça da Independência, onde a população poderia se refugiar em ocorrência semelhante.
Tradicional, a festa da vindímia espelha a pujança da economia local -segundo o Instituto Nacional de Vitivinicultura da Argentina, em 2006 as exportações foram superiores a
US$ 350 milhões.
É também a oportunidade de
se inebriar com um evento
abençoado pela Virgen de la
Carrodilla.
Desde 1936, no primeiro fim
de semana de março, a rainha
da vindímia mendocina é eleita
em festividades que duram dois
dias e opõem as 17 regiões produtoras de vinho.
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