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UVA SEM CHUVA
Festa e adrenalina atraem moçada aos arredores da cidade
Rafting, escalada, trekking, DJs e baladas em estações de apoio agitam Potrerillos, ao lado de Mendoza
DO ENVIADO ESPECIAL A MENDOZA
Ao contrário do que pode parecer, Mendoza é uma cidade
cheia de atrativos para quem
espera algo mais agitado do que
escutar Mozart e beber vinho.
Se a idéia é experimentar um
pouco de tudo, para passar de
um programa a outro, muitas
vezes basta atravessar a rua.
Além de tranqüila, a cidade
tem muita "onda", como dizem
os argentinos. Há boas opções
para uma noite agitada, como
danceterias nos pés da pré-cordilheira e festas com DJs armadas nas estações de apoio de
empresas que promovem esportes radicais nos arredores
da cidade.
O clima bastante descontraído é o maior trunfo desse tipo
de "balada", que atrai gente divertida de todos os lugares do
mundo. Muita gente passa o dia
ali, participa da festa e depois
volta no ônibus que faz o traslado para o centro da cidade, que
já está incluído no preço. O rafting custa a partir de 60 pesos.
As bebidas na festa são cobradas à parte.
Por cerca de 250 pesos, há
pacotes que incluem dois dias
de atividades com rafting, escalada, trekking, rapel e cavalgada, com direito a refeições, traslados, festa com DJ e acomodação em barracas (é preciso levar somente o saco de dormir).
Para passar a noite ao pé da
montanha sem precisar retornar à civilização, há ainda a opção de dormir em albergues ou
cabanas em Potrerillos, nos arredores de Mendoza, o que encarece um pouco o pacote.
Informações sobre as melhores festas são encontradas nos
albergues mais descolados do
centro, que, aliás também promovem boas festas.
Granizo
Sol de rachar, vento, chuva e
granizo. Todos esses desafios
foram enfrentados pela Folha
durante um rafting de quatro
horas na orelha do rio Mendoza, em Potrerillos -com direito
a vista da pré-cordilheira.
A preparação para a aventura
já faz parte da diversão, pois é
preciso vestir roupas e sapatilhas especiais, além de capacete. Turistas de fala inglesa são
separados dos que entendem
espanhol e seguem em botes
diferentes por segurança: as
instruções do guia precisam ser
atendidas com presteza para
evitar, por exemplo, que o barco vire ou se choque em pedras.
Em um caiaque, há um guia
que monitora a travessia para o
caso de alguém cair na água. O
clima de animação transmitido
pelos instrutores ajuda a
agüentar o tranco -não é fácil,
mas dá vontade de repetir.
No meio do percurso, parada
para lanche na beira do rio,
com água, suco, refrigerante,
biscoitos e barrinha de cereal.
Caminho retomado e, surpresa: granizo. Nova parada, e o
guia improvisa uma "cabana"
com o próprio bote para esperar o tempo melhorar.
No final, não há mais desconhecidos no bote: todos -incrível- se sentem cercados de
amigos. E o melhor é que é nessa hora que começa a festa.
(BRUNO LIMA)
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