São Paulo, quinta-feira, 08 de fevereiro de 2007

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UVA SEM CHUVA

Festa e adrenalina atraem moçada aos arredores da cidade

Rafting, escalada, trekking, DJs e baladas em estações de apoio agitam Potrerillos, ao lado de Mendoza

DO ENVIADO ESPECIAL A MENDOZA

Ao contrário do que pode parecer, Mendoza é uma cidade cheia de atrativos para quem espera algo mais agitado do que escutar Mozart e beber vinho. Se a idéia é experimentar um pouco de tudo, para passar de um programa a outro, muitas vezes basta atravessar a rua.
Além de tranqüila, a cidade tem muita "onda", como dizem os argentinos. Há boas opções para uma noite agitada, como danceterias nos pés da pré-cordilheira e festas com DJs armadas nas estações de apoio de empresas que promovem esportes radicais nos arredores da cidade.
O clima bastante descontraído é o maior trunfo desse tipo de "balada", que atrai gente divertida de todos os lugares do mundo. Muita gente passa o dia ali, participa da festa e depois volta no ônibus que faz o traslado para o centro da cidade, que já está incluído no preço. O rafting custa a partir de 60 pesos. As bebidas na festa são cobradas à parte.
Por cerca de 250 pesos, há pacotes que incluem dois dias de atividades com rafting, escalada, trekking, rapel e cavalgada, com direito a refeições, traslados, festa com DJ e acomodação em barracas (é preciso levar somente o saco de dormir).
Para passar a noite ao pé da montanha sem precisar retornar à civilização, há ainda a opção de dormir em albergues ou cabanas em Potrerillos, nos arredores de Mendoza, o que encarece um pouco o pacote.
Informações sobre as melhores festas são encontradas nos albergues mais descolados do centro, que, aliás também promovem boas festas.

Granizo
Sol de rachar, vento, chuva e granizo. Todos esses desafios foram enfrentados pela Folha durante um rafting de quatro horas na orelha do rio Mendoza, em Potrerillos -com direito a vista da pré-cordilheira.
A preparação para a aventura já faz parte da diversão, pois é preciso vestir roupas e sapatilhas especiais, além de capacete. Turistas de fala inglesa são separados dos que entendem espanhol e seguem em botes diferentes por segurança: as instruções do guia precisam ser atendidas com presteza para evitar, por exemplo, que o barco vire ou se choque em pedras.
Em um caiaque, há um guia que monitora a travessia para o caso de alguém cair na água. O clima de animação transmitido pelos instrutores ajuda a agüentar o tranco -não é fácil, mas dá vontade de repetir.
No meio do percurso, parada para lanche na beira do rio, com água, suco, refrigerante, biscoitos e barrinha de cereal. Caminho retomado e, surpresa: granizo. Nova parada, e o guia improvisa uma "cabana" com o próprio bote para esperar o tempo melhorar.
No final, não há mais desconhecidos no bote: todos -incrível- se sentem cercados de amigos. E o melhor é que é nessa hora que começa a festa.
(BRUNO LIMA)


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