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TERRA DO SEMPRE
Jardins de Kensington inspiraram reis e artistas
Rainha Vitória nasceu no palácio de Kensington onde princesa Diana viveu até morrer, há dez anos...
SYLVIA COLOMBO
EM LONDRES
Na manhã do dia 31 de agosto
de 1997, os jardins de Kensington, em Londres, amanheceram cheios de gente.
Eram centenas de pessoas
que tinham deixado suas casas
às pressas ao saber do acidente
trágico sofrido durante a noite
pela princesa Diana e que queriam se aproximar do palácio
de Kensington, sua residência
oficial, para levar flores ou simplesmente para compartilhar
as lágrimas.
"Todo mundo andava em silêncio, e logo já tínhamos aqui
uma multidão. Havia uma coisa
muito forte no ar", lembra a
atriz cubana Myriam Gomez,
viúva do escritor Guillermo Cabrera Infante que vive há mais
de 40 anos na região.
Dez anos depois da morte de
Diana -com o namorado Dodi
al-Fayed, num acidente automobilístico em Paris-, o local
ainda evoca esse episódio que,
depois dos atentados do 11 de
Setembro, foi talvez o que mais
galvanizou a atenção mundial
nesses tempos de globalização.
Estima-se que cerca de 2,5
bilhões de pessoas tenham assistido à transmissão do funeral da princesa pela televisão,
alguns dias depois.
Asmático real
Mas os jardins não têm apenas esse episódio histórico no
currículo. E visitá-lo hoje é dar
um passeio tanto na Londres
vitoriana como na contemporânea. O parque, que funciona
como uma extensão mais tranqüila do Hyde Park, foi o primeiro a ser "descoberto" pelo
rei William 3º, no século 17.
O monarca sofria de asma e
queria construir uma residência real num bairro mais afastado e tranqüilo da capital britânica. Escolheu a região de Kensington, ainda não integrada à
área central da cidade, e lá ergueu o palácio, que depois se
transformaria em lar de muitos
protagonistas da história da
realeza britânica.
A rainha Vitória, por exemplo, nasceu e viveu ali até sua
coroação, em 1837. O príncipe
Charles e a princesa Diana mudaram-se para lá em 1981. Depois da separação do casal, a
princesa passou a morar sozinha nesse palácio até a sua
morte.
Diana em cartaz
Hoje o local ainda é usado como residência de alguns membros da família real e para fins
administrativos, mas boa parte
dos quartos pode ser visitada
pelo público.
Atualmente, há duas exposições sobre Diana em cartaz no
palácio. Ambas ficam até o dia
1º de julho. Uma delas reúne fotos do peruano Mario Testino
tiradas apenas cinco meses antes de sua morte, e outra traz alguns dos vestidos da princesa.
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