|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CORES DA CIDADE
Quase 5 anos pós-atentados, memorial de US$ 1 bi não foi inaugurado; em 1972, torres custaram US$ 700 mi
Obra substituta do WTC ainda provoca polêmica
SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO
A odisséia da reconstrução
de Nova York, depois dos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001, só será totalmente concluída quando, no local que ficou conhecido como
"ground zero", depois da destruição do World Trade Center
(WTC), for inaugurado um polêmico memorial orçado em
US$ 1 bilhão.
O governador Pataki e o prefeito Bloomberg insistem: querem que o "mais caro memorial
dos EUA de todos os tempos"
não custe mais que US$ 500
milhões -valor pelo qual já se
batiam quando o custo da obra
foi estimado em US$ 672 milhões. Apesar da celeuma, passados quase cinco anos dos
atentados, Nova York, cujo site
turístico oficial é www.nycvisit.com, já recuperou seu vigor
turístico. Recebe hoje cerca de
5,5 milhões de turistas/ano,
número ligeiramente maior do
que na época em que as torres
gêmeas do WTC, na área conhecida como Lower Manhattan, foram destruídas, matando 2.749 pessoas.
Projetadas pelo japonês Minoru Yamasaki, as torres que
viraram pó haviam sido inauguradas em 1972 e custaram,
na época, US$ 700 milhões.
Metrópole que nunca esmoreceu diante das dificuldades, a
Big Apple seguiu o seu caminho e inaugurou, diante do
Central Park, na rotatória onde
fica a estátua de Cristóvão Colombo, no número 80 do Columbus Circle, outras torres
idênticas, projetadas por David
M. Childs, do escritório Skidmore, Owings & Merrill.
Chamadas de Time Warner
Center e encimando um novo
complexo arquitetônico aberto
ao público no ano passado, elas
hospedam o hotel Mandarin
Oriental (www.mandarinoriental.com), e funcionam ali alguns dos novíssimos restaurantes estrelados de NY.
Reinventado a si mesma
Descoberta em 1524 pelo italiano Giovanni da Verrazzano
(c.1485-c.1528), numa expedição paga por franceses, a ilha de
Manhattan foi visitada pelo inglês Henry Hudson, em 1609,
num navio de bandeira holandesa. E foi também um holandês, Peter Minuit, que a comprou dos índios algonquínos
-na verdade, trocou as terras
insulares por bugigangas avaliadas em 60 guilders (US$ 24).
A ocupação, no entanto, não
foi pacífica e, até que Peter
Stuyvesant fosse para lá, enviado pela Companhia das Índias,
em 1647, a paz era uma quimera. Chamado de "Peg Leg",
Stuyvesant havia perdido uma
perna em Curaçao, nas Antilhas Holandesas, numa batalha
contra os portugueses.
Foi ele que batizou a cidade
de Nova Amsterdã e, em 17
anos de gestão, edificou fortalezas, escolas, hospital, cadeia e
correio. Nessa época, com a
chegada de colonos, a população da ilha duplicou, chegando
a 1.500 habitantes.
Em 1664, a Inglaterra mandou o coronel Richard Nicholls
à região. Ele enfrentou Stuyvesant e, sem disparar um tiro,
conquistou a cidade, que passou a se chamar Nova York.
Até o início do século 19, lá viviam apenas umas 35 mil pessoas. Foi à essa altura que Nova
York começou a receber imensos contingentes de imigrantes.
Italianos, chineses e também
um grande número de judeus
russos que fugiam dos "pogroms" transformaram a pequena cidade numa metrópole
cosmopolita e em referência.
Em 1835, depois de um Grande Incêndio, teve início uma
nova fase histórica. Surgiram
museus, como o de História
Natural, de 1877, cujo site é
www.amnh.org; a Ópera,
inaugurada em 1883; e mesmo a
Estátua da Liberdade, presente
da França, fincada numa ilha ao
largo de Manhattan em 1886.
Em 1892, a ilha de Ellis, próxima da estátua, passou a ser usada na triagem dos imigrantes.
Com o século 20 à espreita,
Nova York unificou cinco bairros sob uma única jurisdição,
isso em 1898, quando a metrópole contava com uma população de 3,4 milhões de pessoas.
A solução foi encarar a modernidade -e o metrô começou a
ser construído em 1900, pelo
prefeito Robert van Wyck.
Texto Anterior: Cheeseburger é vizinho da velha cozinha na mesa nova-iorquina Próximo Texto: Cores da cidade: Crise e riqueza marca m históri a da metró pole norte-ameri cana Índice
|