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Programa com ar mais pessoal inclui caçar lugar escondidinho
Há lounge que serve espumante em Tribeca e cerveja de fábrica no Brooklyn
LEILA SUWWAN
DE NOVA YORK
Em meio à abundância de opções e à maratona de roteiros
indispensáveis, ainda é possível
achar pérolas em Nova York e
dar um ar mais pessoal na visita
à metrópole. Entre as filas de
museu, passeios no parque e lojas sem fim, vale a pena fugir
dos lugares mais óbvios para
comer e beber em pequenos refúgios escondidos.
Neste verão, os museus Guggenheim e MoMA competem
com exposições imperdíveis.
No primeiro, destaque para os
trabalhos em papel do pintor
Jackson Pollock e uma inédita
exibição da premiada arquiteta
iraquiana Zaha Hadid. No segundo, estréia no dia 18 de junho a primeira e maior mostra
nos Estados Unidos sobre o dadaísmo.
O roteiro de compras não
precisa de apresentação, mas
para os viciados em iPod e outros "gadgets" da Apple, a boa
notícia é que a lotada loja no
Soho acaba de ganhar companhia. A nova loja da Apple é
subterrânea, debaixo de uma
estrutura quadrada de vidro na
Quinta Avenida, no 767, e fica
aberta 24 horas por dia.
Depois da corrida cultural de
consumista, nada como buscar
o martini perfeito na cidade dos
cosmopolitans. Para isso, vale
experimentar os drinques misturados com precisão por "bartenders" japoneses no Angel's
Share, pequeno bar oriental escondido atrás de pesadas portas nos fundos de um restaurante de sobreloja (8 Stuyvesant Street).
Em Tribeca, mais bem sinalizado e na moda, há o Bubble
Lounge (228 West Broadway),
que oferece mais de 300 espumantes e tábuas de frios em um
salão de sofás aveludados e decoração vintage.
Para quem preferir uma cerveja "a preço de fábrica", vale
pegar o metrô até o Brooklyn e
visitar o galpão da fornecedora
local, a Brooklyn Brewery. Com
fichas pré-pagas de US$ 3 (metade do preço cobrado em Manhattan) é possível degustar
mais de dez variedades, em mesas coletivas e depois passear
pela Bedford Avenue.
Mas, se a opção é por seletas
cervejas européias, um pequeno porão se faz de bar-esconderijo no coração de Hell's Kitchen. É preciso procurar uma
luz verde acima de uma porta
na rua 53 e tocar a campainha
para entrar. O Single Room Occupancy (360 W. 53rd St.) é
uma espécie de lounge particular para uma parada pós-jantar.
Comer bem em Nova York é
o lema do novo guia "Michelin"
-o pequeno livro vermelho
desbancou o Zagat e oferece
uma lista com mapas e telefones de centenas dos melhores
restaurantes da cidade. Além
dos quatro locais premiados
com três estrelas (nota máxima), há uma lista de "abaixo de
US$ 25". Só não vale ficar desapontado com a alta movimentação nos locais indicados, como o gastropub estrelado chamado de Spotted Pig.
Não muito longe está o menos conhecido e moderno
Fatty Crab (643 Hudson St), de
tapas estilo malaio, do mesmo
chef do badalado 5 Ninth, perfeito para dar o pique da noite
no Meatpacking District.
Quem for curtir a noite no
East Village, do outro lado de
Manhattan, pode reabastecer
numa discreta lojinha que, argumentavelmente, serve o melhor sanduíche de falafel da cidade. O "Little Touch" (151 Ave.
A) é um minúsculo marroquino
que serve comida árabe caseira.
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