São Paulo, quinta-feira, 08 de junho de 2006

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Programa com ar mais pessoal inclui caçar lugar escondidinho

Há lounge que serve espumante em Tribeca e cerveja de fábrica no Brooklyn

LEILA SUWWAN
DE NOVA YORK

Em meio à abundância de opções e à maratona de roteiros indispensáveis, ainda é possível achar pérolas em Nova York e dar um ar mais pessoal na visita à metrópole. Entre as filas de museu, passeios no parque e lojas sem fim, vale a pena fugir dos lugares mais óbvios para comer e beber em pequenos refúgios escondidos.
Neste verão, os museus Guggenheim e MoMA competem com exposições imperdíveis. No primeiro, destaque para os trabalhos em papel do pintor Jackson Pollock e uma inédita exibição da premiada arquiteta iraquiana Zaha Hadid. No segundo, estréia no dia 18 de junho a primeira e maior mostra nos Estados Unidos sobre o dadaísmo.
O roteiro de compras não precisa de apresentação, mas para os viciados em iPod e outros "gadgets" da Apple, a boa notícia é que a lotada loja no Soho acaba de ganhar companhia. A nova loja da Apple é subterrânea, debaixo de uma estrutura quadrada de vidro na Quinta Avenida, no 767, e fica aberta 24 horas por dia.
Depois da corrida cultural de consumista, nada como buscar o martini perfeito na cidade dos cosmopolitans. Para isso, vale experimentar os drinques misturados com precisão por "bartenders" japoneses no Angel's Share, pequeno bar oriental escondido atrás de pesadas portas nos fundos de um restaurante de sobreloja (8 Stuyvesant Street).
Em Tribeca, mais bem sinalizado e na moda, há o Bubble Lounge (228 West Broadway), que oferece mais de 300 espumantes e tábuas de frios em um salão de sofás aveludados e decoração vintage.
Para quem preferir uma cerveja "a preço de fábrica", vale pegar o metrô até o Brooklyn e visitar o galpão da fornecedora local, a Brooklyn Brewery. Com fichas pré-pagas de US$ 3 (metade do preço cobrado em Manhattan) é possível degustar mais de dez variedades, em mesas coletivas e depois passear pela Bedford Avenue.
Mas, se a opção é por seletas cervejas européias, um pequeno porão se faz de bar-esconderijo no coração de Hell's Kitchen. É preciso procurar uma luz verde acima de uma porta na rua 53 e tocar a campainha para entrar. O Single Room Occupancy (360 W. 53rd St.) é uma espécie de lounge particular para uma parada pós-jantar.
Comer bem em Nova York é o lema do novo guia "Michelin" -o pequeno livro vermelho desbancou o Zagat e oferece uma lista com mapas e telefones de centenas dos melhores restaurantes da cidade. Além dos quatro locais premiados com três estrelas (nota máxima), há uma lista de "abaixo de US$ 25". Só não vale ficar desapontado com a alta movimentação nos locais indicados, como o gastropub estrelado chamado de Spotted Pig.
Não muito longe está o menos conhecido e moderno Fatty Crab (643 Hudson St), de tapas estilo malaio, do mesmo chef do badalado 5 Ninth, perfeito para dar o pique da noite no Meatpacking District.
Quem for curtir a noite no East Village, do outro lado de Manhattan, pode reabastecer numa discreta lojinha que, argumentavelmente, serve o melhor sanduíche de falafel da cidade. O "Little Touch" (151 Ave. A) é um minúsculo marroquino que serve comida árabe caseira.


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