São Paulo, quinta-feira, 08 de julho de 2010

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Acervo mostra o ouro usado em funerais

DO ENVIADO A LIMA

Ainda no museu Larco Herrera, há um depósito, com 40 mil objetos arqueológicos, um dos poucos no mundo dessa importância abertos à visitação pública.
Nele, encontram-se jarros com expressões faciais humanas tão realistas que dão ao visitante a impressão de estar conhecendo os remotos habitantes daquele país.
Já nas salas finais da exposição permanente, surgem as hipnotizantes peças em ouro destinadas aos funerais da elite, que, assim como na cultura egípcia, deveriam servir aos governantes quando eles ressuscitassem.
O ouro, ainda, é muito presente na economia e na cultura peruanas. Assim como a prata, é um de seus principais produtos de exportação.
Embora costume-se dizer que os colonizadores espanhóis saquearam tudo, seria mais correta a tese de que saquearam tudo o que puderam encontrar.
Após a independência do Peru (1821), muitos fazendeiros e barões do açúcar, como era o caso de Rafael Larco Doyle (1901 - 1966), fundador do museu Larco Herrera, bancaram escavações e localizaram sítios arqueológicos e tumbas nunca encontradas durante a colonização.
Uma parte desse ouro pode ser visto no Museo del Oro, localizado em um antigo cofre do Banco de la Reserva del Perú, próximo à exuberante Plaza de Armas, no centro de Lima.
Outra parte está no Museo de Oro y Armas, menos organizado e com um acervo meio amontoado, mas que vale a visita pela impressionante coleção de 40 mil armas e artefatos bélicos das mais variadas civilizações.
Lá, há uma espada que pertenceu ao rei José Bonaparte, irmão de Napoleão, armaduras de samurais, adagas de membros do alto escalão nazista e até uma farda de veraneio do general Francisco Franco, ditador espanhol, encardida pelo tempo.

JAMES CIMINO viajou a convite do site Poker Stars


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