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Acervo mostra o ouro usado em funerais
DO ENVIADO A LIMA
Ainda no museu Larco
Herrera, há um depósito,
com 40 mil objetos arqueológicos, um dos poucos no
mundo dessa importância
abertos à visitação pública.
Nele, encontram-se jarros
com expressões faciais humanas tão realistas que dão
ao visitante a impressão de
estar conhecendo os remotos
habitantes daquele país.
Já nas salas finais da exposição permanente, surgem as
hipnotizantes peças em ouro
destinadas aos funerais da
elite, que, assim como na cultura egípcia, deveriam servir
aos governantes quando eles
ressuscitassem.
O ouro, ainda, é muito presente na economia e na cultura peruanas. Assim como a
prata, é um de seus principais produtos de exportação.
Embora costume-se dizer
que os colonizadores espanhóis saquearam tudo, seria
mais correta a tese de que saquearam tudo o que puderam encontrar.
Após a independência do
Peru (1821), muitos fazendeiros e barões do açúcar, como
era o caso de Rafael Larco
Doyle (1901 - 1966), fundador
do museu Larco Herrera,
bancaram escavações e localizaram sítios arqueológicos
e tumbas nunca encontradas
durante a colonização.
Uma parte desse ouro pode ser visto no Museo del
Oro, localizado em um antigo
cofre do Banco de la Reserva
del Perú, próximo à exuberante Plaza de Armas, no
centro de Lima.
Outra parte está no Museo
de Oro y Armas, menos organizado e com um acervo
meio amontoado, mas que
vale a visita pela impressionante coleção de 40 mil armas e artefatos bélicos das
mais variadas civilizações.
Lá, há uma espada que
pertenceu ao rei José Bonaparte, irmão de Napoleão, armaduras de samurais, adagas de membros do alto escalão nazista e até uma farda de
veraneio do general Francisco Franco, ditador espanhol,
encardida pelo tempo.
JAMES CIMINO viajou a convite do site
Poker Stars
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