São Paulo, quinta-feira, 08 de novembro de 2007

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velho chico hoje

Seresta na madrugada acalenta os viajantes

MIÚDOS Com até 9 mil habitantes, povoados remetem a um Brasil arcaico

Fernando Donasci/Folha Imagem
Igreja e gameleira na Barra do Guaicuí

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM MINAS GERAIS

Ao longo do trajeto, pequenas cidades apresentam aos passageiros um Brasil arcaico, parado no tempo. Os povoados têm de 2.000 a 9.000 habitantes e vivem de subsistência e cultura. Veja abaixo destaques de cada um deles.

 


Barra do Guaicuí
Primeira parada, a 23 km de Pirapora. Logo na descida, uma surpresa: às margens do Rio das Velhas, sobre o telhado em ruínas de uma igreja do século 17, uma gameleira vive calma e frondosa, enquanto suas raízes descem 12 metros abraçando as paredes da igreja. "O mais provável é que pássaros carregaram sementes para fazer ninho, e lá ela brotou", explica o guia.

Ibiaí
A segunda noite a bordo do Benjamim Guimarães é passada lá, onde o rio São Francisco forma uma praia e oferece a oportunidade de pescaria aos turistas. À noite, a opção são os bares na calçada da prainha ou uma volta na praça, que nos finais de semana tem feira de artesanato e comidas típicas. Em qualquer caso é preciso molhar os pés para atravessar pequenos córregos.

Cachoeira da Manteiga
A Pedra Itacolomi, um pico de 30 metros de altura com inscrições indígenas, é a principal atração turística de Cachoeira do Manteiga. Mas o distrito de 2.000 habitantes sofre com a degradação do rio São Francisco. Observando a margem é possível perceber a destruição. Os moradores garantem que o rio fica 30 centímetros menos profundo a cada ano.

São Romão
Em São Romão, a banda de música à espera na margem anuncia a festa. Na praça principal, a cultura da região se funde com a do Norte e do Nordeste. Há capoeira, dança de São Gonçalo e festa do Bumba-meu-boi. Ao final, hora de voltar para o barco. Mas a surpresa final fica por conta do grupo de seresta que desperta os viajantes no meio da madrugada.


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