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Culinária inclui peixes e pratos típicos de Minas
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM MINAS GERAIS
Sempre que se fala sobre viagens e Minas Gerais fica difícil
fugir do clichê sobre a hospitalidade mineira. Mas é verdade.
Os mineiros sabem como receber. E fazem isso principalmente com comida. Quem viaja
por Minas deve esquecer a palavra dieta. Aliás, os mineiros
nem devem saber o que isso significa. Se sabem, ignoram solenemente. Ainda bem, ou não
conheceríamos o doce de leite
com goiabada.
Logo na entrada do Benjamim Guimarães o viajante é recebido com pães de queijo, quitutes típicos e sucos. Não se
deixe enganar pela simplicidade na apresentação dos pratos.
A boa culinária mineira é delicada e sofisticada. A afirmação
pode ser conferida em cada
uma das refeições (todas são
feitas no barco) orquestrada
pelo cozinheiro do Benjamim
Guimarães, Fernando de Paula.
O cozinheiro tem duas assistentes na pequena cozinha do
barco, mas é ele quem coloca a
mão na massa. Decide sozinho
o cardápio, escolhe os ingredientes e improvisa muito. "O
barco é tombado pelo patrimônio, então nenhuma mudança
foi feita na estrutura da cozinha", conta.
Quem espera comer peixe
durante a viagem a bordo do
Benjamim vai ficar satisfeito.
Fernando prepara uma moqueca de surubim -peixe típico do São Francisco- acompanhada de purê de abóbora de
comer ajoelhado.
No cardápio da viagem também não faltam pratos mineiros, como farofa, feijão tropeiro, costelinha de porco frita ou
galinha ensopada.
Mineiro de Curvelo, Fernando mostrou familiaridade com
as panelas desde cedo. Aprendeu a cozinhar aos oito anos, na
cozinha da fazenda onde nasceu. Sem formação profissional
na área, mas com muita inspiração, ele coordena com maestria a cozinha do Benjamim.
(FG)
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