Botecos convivem com casas chiques, como Le Pré Catelan, no Sofitel, e Cipriani, no Copacabana Palace

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO DE JANEIRO

Casas de sucos e botecos pé-sujo estão longe de ser exclusividade de Copacabana. Mas em nenhum outro bairro disputam tanto o espaço. Seus frequentadores são tão parte da paisagem quanto a estátua de Drummond que fica no posto 5. Para provar a melhor patanisca (espécie de bolinho de bacalhau sem batata) da cidade vá ao Pavão Azul. Próxima dali, a Adega Pérola cultiva fiel freguesia com seus acepipes. Na outra ponta, os restaurantes mais chiques estão em hotéis cinco estrelas da orla: o Le Pré-Catelan, no Sofitel, e o Cipriani, no Copacabana Palace. Na avenida Atlântica ficam os modernosos quiosques que abrigam filiais de redes de fast-food, bares e restaurantes. Alguns dos antigos quiosques resistem, servindo água de coco gelada a transeuntes.
As redes de botecos "pé-limpo" também tomaram o bairro de assalto. Pubs, como o Mud Bug, integram a paisagem etílica. Muito mais autêntico é o Cervantes, instituição da madrugada copacabanense, servindo sanduíches com abacaxi e pratos tradicionais, como filé à Osvaldo Aranha.
Copacabana também tem representantes da culinária internacional, como a simpática cantina italiana La Trattoria, o tradicional restaurante A Polonesa, o libanês Amir, o discreto Azumi, japonês, e o Alfaia, com pratos da terra dos patrícios. A título de curiosidade, ficam ali o primeiro McDonalds da América do Sul e a matriz do Bob's. (PEDRO CARRILHO)