Para começar a noitada, vá ao boteco Arco-Íris, quando a fome bater, siga ao Nova Capela e ao Bar Brasil

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO DE JANEIRO

No limite entre a zona sul e centro do Rio, a Lapa é reconhecida como o berço da boemia carioca. E é para lá que ruma a juventude esperta nas noites de fim de semana.
Seu símbolo maior é o aqueduto da Carioca, conhecido como arcos da Lapa. Erguido com mão de obra escrava, foi inaugurado em 1744 para suprir a região central da cidade com as águas do rio Carioca, ligando o morro de Santa Teresa ao morro do Castelo.
Em contraste com a arquitetura tradicional dos arcos e do casario, dois edifícios chamam a atenção pelos traços modernos -e polêmicos-: a Catedral Metropolitana, em formato cônico, e o edifício-sede da Petrobras, no centro. A Lapa de hoje está longe de ser reduto de sambistas. No fim de semana, há de forró a gafieira, passando pelo samba do Clube dos Democráticos e pelo alternativo Cine Lapa.
O Circo Voador, reaberto em 2004 depois de oito anos fechado, tem extensa agenda de shows, assim como a vizinha Fundição Progresso. Uma novidade, de 2008, é o TribOz (Centro Cultural Brasil-Austrália), com jazz e MPB. Botecos, como o Arco-Íris, são ponto de encontro no início da noite. E para matar a fome dos boêmios, nada como os centenários Nova Capela -e seu requisitado cabrito assado- e Bar Brasil, com chope premiado. (PEDRO CARRILHO)