Para artista plástico, trabalho de Osgemeos no bairro em que nasceram deve fazer parte de roteiro pela capital

Arquiteto paisagista Luiz Portugal lembra dos passeios culturais feitos pelo Metrô e das obras nas estações

RAFAEL MOSNA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em cartaz com "Verso" na galeria Fortes Vilaça (www.fortesvilaca.com.br) até sábado, o artista plástico Vik Muniz também abre hoje, em São Francisco, Califórnia, a exibição de "Paper Series", na galeria Rena Bransten (www.renabranstengallery.com).
À Folha, por telefone, ele falou sobre as obras que mais chamam sua atenção em São Paulo. A primeira foi a estátua "Borba Gato", de Júlio Guerra, que fica na av. Santo Amaro. "Parece um boneco de Vitalino [referindo-se às peças de mestre Vitalino], uma mistura de estética folk e arte popular. Não parece de um artista acadêmico, mas, sim, popular. Adoro."
O artista também ressalta as grafitagens do Cambuci, de Osgemeos. "Foi lá que vi pela primeira vez o trabalho deles e, depois, vi em Nova York", diz. "A "Fauno", do Brecheret, que está no parque Trianon, é linda."
O arquiteto paisagista Luiz Portugal lança um olhar crítico sobre o tema. Para ele, é preciso que haja mais políticas públicas com medidas que ajudem a aproximar a arte pública da população.
"Temos no parque Trianon o "Fauno". Na praça Buenos Aires, a "Mãe". Mas eles fazem parte da vida das pessoas?".
Como um bom exemplo de aproximação de obra e público, ele cita os passeios culturais feitos pelo Metrô de São Paulo, e a presença de obras de arte dentro das estações.

FOLHA.com
Leia mais sobre a arte nas estações de metrô em
folha.com.br/turismo


Texto Anterior: Artistas imperdíveis
Próximo Texto: Análise - Arte pública na Pauliceia: SP tem, pelas ruas, obras dignas do Louvre
Índice