São Paulo, quinta-feira, 09 de outubro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

UMA VIAGEM "PARTICULAR"

Pedras hipnotizaram d. Pedro 2º durante 2 horas

Giant's Causeway reúne 40 mil colunas de basalto formadas por atividade vulcânica há 60 milhões de anos

DA REPORTAGEM LOCAL

Após chegar a Belfast, a comitiva de d. Pedro 2º seguiu em direção a um dos cenários mais representativos da Irlanda do Norte: o Giant's Causeway (www.causewaycoastandglens.com), formação rochosa com cerca de 40 mil colunas de basalto, a maioria delas hexagonal.
Segundo relato do "Irish Times", o imperador passou duas horas examinando "as belezas do local", na costa do condado de Antrim. Envolto em lendas locais, o cenário pitoresco é resultado de uma atividade vulcânica intensa há 60 milhões de anos. O resfriamento rápido da lava causou o surgimento das colunas e formações distintas.
D. Pedro 2º trouxe da viagem um cartão com 12 imagens de Giant's Causeway e dos arredores, que hoje faz parte da "Collecção d. Thereza Christina Maria" (http://catalogos.bn.br/terezacristina), lote de 23 mil imagens doadas pelo imperador à Biblioteca Nacional . D. Pedro 2º é tido como o primeiro brasileiro a tirar uma fotografia após, aos 14 anos, conhecer o daguerreótipo e adquirir um equipamento para si.
Da viagem pela Irlanda, ele também trouxe imagens dos lagos Killarney. O acervo digital da Biblioteca Nacional (www.bn.br/bndigital) permite buscas por imagens e bases de dados da coleção deixada pelo imperador, mas as fotos da Irlanda não estão entre as imagens digitalizadas da coleção.

Castelo partido
Antes de visitar o Giant's Causeway, a comitiva imperial passou por Portrush, pequena cidade turística da costa norte da ilha, situada numa península, que ficou famosa como destino turístico na década de 1880, coincidindo com a viagem do casal imperial.
Em Portrush é possível contemplar outro cenário famoso da Irlanda do Norte, as ruínas do castelo Dunluce (www.northantrim.com/dunlucecastle.htm), sobre uma falésia escarpada. Seus primeiros registros datam do século 14, mas sua construção remonta ao século 13. No século 17, o castelo serviu como residência do conde de Antrim. Em 1653, parte do prédio, incluindo a cozinha, caiu no mar, matando cozinheiros. (MARINA DELLA VALLE)


Texto Anterior: Comitiva imperial foi vaiada por rapaz na chegada à capital
Próximo Texto: Lenda narra rixa entre gigantes
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.