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UMA VIAGEM "PARTICULAR"
Pedras hipnotizaram d. Pedro 2º durante 2 horas
Giant's Causeway reúne 40 mil colunas de basalto formadas por atividade vulcânica há 60 milhões de anos
DA REPORTAGEM LOCAL
Após chegar a Belfast, a comitiva de d. Pedro 2º seguiu em
direção a um dos cenários mais
representativos da Irlanda do
Norte: o Giant's Causeway
(www.causewaycoastandglens.com), formação rochosa com cerca de 40 mil colunas de basalto, a maioria delas hexagonal.
Segundo relato do "Irish Times", o imperador passou duas
horas examinando "as belezas
do local", na costa do condado
de Antrim. Envolto em lendas
locais, o cenário
pitoresco é resultado de uma
atividade vulcânica intensa há
60 milhões de anos. O resfriamento rápido da lava causou o
surgimento das colunas e formações distintas.
D. Pedro 2º trouxe da viagem
um cartão com 12 imagens de
Giant's Causeway e dos arredores, que hoje faz parte da "Collecção d. Thereza Christina
Maria" (http://catalogos.bn.br/terezacristina), lote de
23 mil imagens doadas pelo imperador à Biblioteca Nacional .
D. Pedro 2º é tido como o primeiro brasileiro a tirar uma fotografia após, aos 14 anos, conhecer o daguerreótipo e adquirir um equipamento para si.
Da viagem pela Irlanda, ele
também trouxe imagens dos
lagos Killarney. O acervo digital da Biblioteca Nacional (www.bn.br/bndigital) permite buscas
por imagens e bases de dados
da coleção deixada pelo imperador, mas as fotos da Irlanda
não estão entre as imagens digitalizadas da coleção.
Castelo partido
Antes de visitar o Giant's
Causeway, a comitiva imperial
passou por Portrush, pequena
cidade turística da costa norte
da ilha, situada numa península, que ficou famosa como destino turístico na década de
1880, coincidindo com a viagem do casal imperial.
Em Portrush é possível contemplar outro cenário famoso
da Irlanda do Norte, as ruínas
do castelo Dunluce (www.northantrim.com/dunlucecastle.htm), sobre uma falésia
escarpada. Seus primeiros registros datam do século 14, mas
sua construção remonta ao século 13. No século 17, o castelo
serviu como residência do conde de Antrim. Em 1653, parte
do prédio, incluindo a cozinha,
caiu no mar, matando cozinheiros.
(MARINA DELLA VALLE)
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