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caldeirão do sul
Para ser diferente, cidade prepara até torta de chuchu
MEIO A MEIO Seguindo a forma de preparo tradicional, mas com ingredientes novos, criatividade adiciona sabor às cucas
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
De requeijão, com massa integral, de erva-mate e até mesmo de chuchu. É difícil imaginar tanta variedade de cuca -
torta que pode ter recheios diversos, mas é geralmente coberta por uma farofa de açúcar,
gordura e farinha. Mas diversidade é a estratégia de Santa
Cruz do Sul para se diferenciar
dos outros municípios de colonização germânica.
No ano passado, durante a
Oktoberfest, aconteceu pela
primeira vez um concurso para
escolher a cuca mais criativa e
original. Venceu a integral, seguida pelas de maracujá, erva-mate e chuchu.
As mais comuns, encontradas em qualquer confeitaria da
cidade, são as de coalhada (ou
requeijão), a ninho de abelha
(parecida com um rocambole,
com açúcar, canela e cobertura
de chantilly) e as de frutas, como laranja, abacaxi, banana e
morango.
Famosa em Santa Cruz por
seus doces, a culinarista Gilda
Helena Rauber diz acreditar
que o segredo das cucas da cidade vem da preservação das antigas receitas germânicas. "A
cuca alemã tem um massa mais
fina, e a cobertura grossa, que é
uma farofa de açúcar, farinha e
gordura de porco. Aprendemos
a receita com os colonos e vamos manter isso."
Gilda aponta a diferença entre as cucas alemãs e as italianas: "As italianas se parecem
mais com um pão, pois a massa
é mais grossa". "Mas as duas
são ótimas", contemporiza.
Calorias
A coordenadora de gastronomia do Senac do Rio Grande do
Sul, Úrsula Juliane Silva, considera as cucas nutritivas. "É um
alimento calórico, com bastante carboidratos", explica.
Para ela, o chimarrão é a bebida perfeita para acompanhar
o prato, mas chá e café preto
também combinam bem com a
torta. A nutricionista recomenda cuidado, porém, aos que seguem um costume local de comer cuca acompanhada de lingüiça e cerveja: "Aí fica difícil
não engordar".
(ESTÊVÃO BERTONI)
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