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Pelourinho fica perto do porto
DO ENVIADO ESPECIAL
A chegada de navio a Salvador
coloca o passageiro na perspectiva de uma cidade cuja história esposou a geografia. Dividida entre
a Cidade Baixa, onde fica o porto,
e a Cidade Alta, que abriga o Pelourinho, a capital soteropolitana
se impõe pela cultura, pela antiguidade das igrejas e do casario e
por ser um local onde influências
africanas e portuguesas se fundiram com propriedade.
Os navios aportam a algumas
quadras do Mercado Modelo, que
herdou sua sede do antigo prédio
da alfândega em meados do século 19. Vale a pena passear por ali,
comer e comprar artesanato.
Nos arredores, num velho píer,
o trapiche Adelaide hospeda um
renomado restaurante, antiquários e lojas de vinho e de charuto.
Do outro lado da rua, fica a igreja de Nossa Senhora da Conceição
da Praia, de 1736, cuja origem remonta a 1549, data em que Tomé
de Souza, primeiro governador-geral do Brasil, mandou erguer ali
uma capela.
Perto dali, o elevador Lacerda,
que conduz à Cidade Alta, tem aspecto art déco desde 1930.
Salvador está policiada, teve
prédios restaurados e convida a
um passeio a pé. Logo na saída do
elevador, num promontório,
tem-se uma bela vista da Cidade
Baixa, do mercado e dos saveiros
ao lado do prédio da Marinha.
Cravejada de igrejas, a região do
Pelourinho é turística, porém encerra muito da cara e dos ritmos
da capital baiana.
A Fundação Casa de Jorge Amado, a igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e o museu da Cidade exibem com força a vocação
multicultural da cidade. Ainda no
Pelourinho, a entidade carnavalesca Afoxé Filhos de Gandhy, na
rua Gregório de Matos, 53, e o
Grupo Cultural Olodum, na altura no número 22 da mesma rua,
são redutos onde a cultura afro-baiana é cultuada.
(SC).
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