São Paulo, quinta-feira, 10 de abril de 2008

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FRONTEIRA VERDE

Despertador toca bem cedo em quarto de hotel de selva

Para dar conta da programação, acorda-se por volta das 7h; passeios são definidos pela duração da estada

DA ENVIADA ESPECIAL À AMAZÔNIA

A vida na floresta não é lá das mais fáceis. Como as atividades programadas para o dia são muitas, e os deslocamentos para passeios são longos, tudo começa bem cedo. É comum ter de acordar às 7h. Também é difícil ir dormir tarde depois de um dia de caminhada. Assim como é difícil sair da cama com o corpo dolorido dos esforços do dia anterior.
Os passeios feitos pelos hóspedes são definidos pela duração do pacote. Assim, é bom ficar atento para a programação.
Caminhada na selva, ida à casa de caboclos, pesca de piranha, focagem noturna de jacaré e passeios de barco pelos rios da região formam o menu básico.
A rotina segue a lógica da maior parte dos hotéis que propõem o contato com a natureza. Todo mundo de pé bem cedo, café da manhã com hora marcada para terminar. Os guias dão as instruções -o que levar, o que vai acontecer- e todos saem para o passeio.
Muitas vezes o almoço é fora das instalações do hotel. De volta, cansados, é hora de tomar banho, jantar e ir dormir.

Comida
No Amazonat Jungle Lodge, onde a reportagem da Folha hospedou-se, à convite, a melhor refeição do dia era o café da manhã. Sempre com algum toque regional -como tapioca e cuscuz- e frutas frescas, não deixava de lado o standard, como ovos mexidos, pão, presunto e queijo. As frutas regionais ficam em grandes cestos no espaço de refeições à disposição dos hóspedes, que podem apanhar um cupuaçu e se deliciar com a polpa branca e doce que envolve o caroço azedo -é bom pegar a manha de quando parar de comer a polpa.
Outro destaque fica para a volta dos longos passeios, quando os grupos de turistas são recebidos com café recém-coado e chá. Cai bem.
O almoço e o jantar não têm a mesma graça. Os peixes amazônicos passam a largo do cardápio, baseado em pratos como picadinho ou estrogonofe. Eles são bem temperados, mas é difícil sorrir diante de um estrogonofe quando se tem em mente um pirarucu, com tacacá, pimenta ou farinha de mandioca.

Comer fora
O almoço, muitas vezes fora do hotel, é mais simples. Com os longos deslocamentos, não vale a pena voltar para a refeição. A solução são marmitas e piqueniques. No dia da caminhada na selva, em que a pausa para o almoço é feita na cabana que fica na mata dentro da propriedade do hotel, há churrasco, servido com legumes cozidos e arroz e feijão. No dia do passeio de barco, a marmita foi frango cozido com arroz. Diante da circunstância, dá para entender a simplicidade do prato. Mas, de novo, é difícil sorrir para a coxa de frango enquanto a cabeça fantasia um banquete amazônico. (HL)

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