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Viajar em duas rodas alia lazer e saúde
Com o cicloturismo, é possível observar paisagens com calma; há percursos com vários níveis de dificuldade
Não precisa ser atleta para viajar com uma magrela; no caso de se cansar, turista pode seguir em carro de apoio
LUISA ALCANTARA E SILVA
ENVIADA ESPECIAL A SAN PEDRO
DE ATACAMA
É cada vez maior o número
de turistas que buscam roteiros com passeios de bicicleta.
Pedalar pelas vinícolas da
França, ou da Toscana, na
Itália, ganha mais e mais
adeptos. Na atividade conhecida como cicloturismo, o
viajante passeia por cidades
e vê paisagens no seu ritmo.
"Não é tão rápido quanto o
carro, que impede de fazer
paradas para foto, nem tão
lento quanto ir a pé", diz o escritor, fotógrafo e cicloturista
José Antonio Ramalho.
A explicação para o aumento da procura por viagens com ciclismo, segundo
Rodrigo Taddei, sócio da Bike Expedition (www.bike
expedition.com.br), mora
no fato de as pessoas estarem
"cada vez mais preocupadas
em ter qualidade de vida."
A agência de Taddei é uma
mostra desse crescimento:
ela foi inaugurada em 2005,
com apenas um roteiro, pelo
sul da França, e hoje, apenas
cinco anos depois, oferece
percursos em 12 destinos.
Ao lado da Bike Expedition está a Auroraeco
(www.auroraeco.com.br)
-considerada referência
quando o assunto é cicloturismo. Focada no Brasil e na
América do Sul, a agência
tem entre seus roteiros viagem para Mendoza, na Argentina, por exemplo.
Ela nasceu no ano 2000,
oferecendo alguns roteiros
para finais de semana e feriados no interior de São Paulo e
em Minas Gerais.
Dez anos depois, opera
passeios de bicicleta no Uruguai, na Argentina, no Chile
e no Brasil. Em 2007, quando
se associou à agência norte-americana do ramo de cicloturismo Duvine Adventures
(www.duvine.com), organizou seis viagens. No ano
passado, foram 40 saídas.
Entrando em forma
Não precisa ser atleta para
conhecer lugares sobre duas
rodas. Os roteiros normalmente têm diferentes níveis
de dificuldade, e mesmo o turista mais sedentário pode se
arriscar por algumas horas
em um passeio em cima de
uma magrela.
"Há roteiros de vários níveis", diz Guilherme Padilha,
sócio da Auroraeco. "Então,
só precisa ter um condicionamento físico mínimo."
Além disso, existe a possibilidade de desistir.
Nos passeios organizados
por agências de viagem ou
hotéis, um carro de apoio segue os ciclistas viajantes. Caso ocorra algum acidente
-ou se o turista simplesmente não aguentar mais-, é só
colocar a magrela no rack e
seguir a viagem no veículo.
Os passeios normalmente
são acompanhados por um
guia, mas o viajante pode
também alugar uma magrela
e sair pela cidade -e também
fora dela- pedalando.
Mas, lembre-se: o capacete
deve ser sempre usado.
A repórter LUISA ALCANTARA E SILVA se
hospedou em San Pedro de Atacama a
convite do hotel Tierra Atacama
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