São Paulo, quinta-feira, 10 de junho de 2010

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Viajar em duas rodas alia lazer e saúde

Com o cicloturismo, é possível observar paisagens com calma; há percursos com vários níveis de dificuldade

Não precisa ser atleta para viajar com uma magrela; no caso de se cansar, turista pode seguir em carro de apoio


LUISA ALCANTARA E SILVA
ENVIADA ESPECIAL A SAN PEDRO DE ATACAMA

É cada vez maior o número de turistas que buscam roteiros com passeios de bicicleta. Pedalar pelas vinícolas da França, ou da Toscana, na Itália, ganha mais e mais adeptos. Na atividade conhecida como cicloturismo, o viajante passeia por cidades e vê paisagens no seu ritmo.
"Não é tão rápido quanto o carro, que impede de fazer paradas para foto, nem tão lento quanto ir a pé", diz o escritor, fotógrafo e cicloturista José Antonio Ramalho. A explicação para o aumento da procura por viagens com ciclismo, segundo Rodrigo Taddei, sócio da Bike Expedition (www.bike expedition.com.br), mora no fato de as pessoas estarem "cada vez mais preocupadas em ter qualidade de vida."
A agência de Taddei é uma mostra desse crescimento: ela foi inaugurada em 2005, com apenas um roteiro, pelo sul da França, e hoje, apenas cinco anos depois, oferece percursos em 12 destinos.
Ao lado da Bike Expedition está a Auroraeco (www.auroraeco.com.br) -considerada referência quando o assunto é cicloturismo. Focada no Brasil e na América do Sul, a agência tem entre seus roteiros viagem para Mendoza, na Argentina, por exemplo.
Ela nasceu no ano 2000, oferecendo alguns roteiros para finais de semana e feriados no interior de São Paulo e em Minas Gerais. Dez anos depois, opera passeios de bicicleta no Uruguai, na Argentina, no Chile e no Brasil. Em 2007, quando se associou à agência norte-americana do ramo de cicloturismo Duvine Adventures (www.duvine.com), organizou seis viagens. No ano passado, foram 40 saídas.

Entrando em forma
Não precisa ser atleta para conhecer lugares sobre duas rodas. Os roteiros normalmente têm diferentes níveis de dificuldade, e mesmo o turista mais sedentário pode se arriscar por algumas horas em um passeio em cima de uma magrela.
"Há roteiros de vários níveis", diz Guilherme Padilha, sócio da Auroraeco. "Então, só precisa ter um condicionamento físico mínimo." Além disso, existe a possibilidade de desistir. Nos passeios organizados por agências de viagem ou hotéis, um carro de apoio segue os ciclistas viajantes. Caso ocorra algum acidente -ou se o turista simplesmente não aguentar mais-, é só colocar a magrela no rack e seguir a viagem no veículo.
Os passeios normalmente são acompanhados por um guia, mas o viajante pode também alugar uma magrela e sair pela cidade -e também fora dela- pedalando.
Mas, lembre-se: o capacete deve ser sempre usado.

A repórter LUISA ALCANTARA E SILVA se hospedou em San Pedro de Atacama a convite do hotel Tierra Atacama



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