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Seguros podem evitar problemas e gastos em viagens
Com coberturas que podem chegar a US$ 1 milhão, serviços servem como proteção em casos emergenciais
Obrigatoriedade do seguro em alguns países europeus impulsiona procura; confira casos de quem precisou dele
RAFAEL MOSNA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Uma das primeiras coisas
em que o viajante pensa ao
marcar uma viagem é deixar
os problemas para trás. E isso
inclui torcer para que a mala
não extravie ou para que nenhuma doença ou pé quebrado estrague o passeio.
Mas só torcer não adianta.
Ao fechar seu pacote, faça o
seguro-viagem para amenizar eventuais transtornos e
evitar gastos desnecessários.
"Embora o melhor seguro
seja aquele que você não usa
e joga no lixo quando retorna, é sempre importante consultar as condições de assistência e os valores das coberturas", diz Rosa Massoti, dona de uma agência de turismo em Jundiaí.
Com valores para diferentes bolsos, os seguros de viagem mais baratos costumam
cobrir até US$ 6 mil em caso
de assistência médica. Entre
os serviços mais top, o valor
pode chegar a US$ 1 milhão.
Ingrid Davidovich, 45, diretora de marketing, lembra
quando estava com seu marido em um kibutz, comunidade autônoma israelense, a
cerca de 15 minutos de carro
da cidade mais próxima.
"Era por volta de 23h30 e
meu marido teve uma febre e
uma crise viral. Telefonamos
para a empresa de seguro
contratada, que nos atendeu
em português. Retornaram o
contato em dez minutos informando que um táxi nos levaria ao hospital mais próximo e, em 15 minutos, o carro
já havia chegado", conta.
Simone Vieira, 28, turismóloga, viajou à Austrália
para fazer um curso. "Contratei o Medibank, seguro de
viagem obrigatório na solicitação do visto. Logo nos primeiros dias tive dores no abdome. Descobri que era um
problema no ovário e tive que
me submeter a uma pequena
cirurgia", recorda.
Para ela, a experiência superou as expectativas. "Foi
até melhor do que eu estava
pensando, mas o fato de escutar o médico falando em
um idioma que não dominava muito na época e marcando uma cirurgia é um pouco
assustador", lembra.
FIQUE ATENTO
Segundo a Susep (Superintendência de Seguros Privados), vinculada ao Ministério da Fazenda, a contratação de seguros de viagem
cresceu 134% entre janeiro e
abril de 2010. Um dos motivos do crescimento é a obrigatoriedade do seguro para
entrar em países da União
Europeia.
Mas ter um seguro-saúde
não significa estar a salvo de
todos os problemas que podem ocorrer na estadia fora
de casa. Alguns deles não cobrem, por exemplo, procedimentos referentes à gravidez,
como parto. Por isso, leia
atentamente o contrato antes
de assiná-lo.
Problemas decorrentes de
hipertensão e diabetes também entram na lista proibitiva, assim como enfermidades atribuídas ao vírus HIV.
Dependendo do contrato,
lesões decorrentes de esportes considerados perigosos,
como paraquedismo e esqui,
também estão entre os serviços de assistência que podem
não ser cobertos. Olhar com
atenção as condições gerais é
a melhor dica para evitar surpresas indesejáveis.
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