Os restos mortais foram descobertos no ano passado, após serem comprados por um colecionador de arte

Espaço reabre hoje em Florença após dois anos de reformas e vai expor também telescópios e outros itens do cientista

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um dedo, um polegar e um dente tirados do corpo do renomado cientista italiano Galileu Galilei, que morreu em 1642, são expostos nesta semana em Florença, depois que um colecionador de arte os encontrou por acaso no ano passado.
Os pedaços do corpo, junto com um outro dedo e uma vértebra, foram retirados do cadáver de Galileu por cientistas e historiadores em uma cerimônia funerária 95 anos depois de sua morte. "Os maçons e leigos presentes na cerimônia pensaram que deveriam ter algum suvenir do corpo de Galileu", disse Paolo Galluzzi, diretor do Museu Galileu em Florença.
"Eles pensaram que ter um pedaço do homem seria uma demonstração de respeito à tradição dele. A ideia de ter relíquias da ciência é muito semelhante, um espelho, das relíquias religiosas", disse.
Os restos mortais, junto com dois telescópios, um compasso e vários outros instrumentos projetados por Galileu, são as principais atrações do museu, que, renovado, reabre hoje após dois anos de reformas.
Enquanto um dos dedos e a vértebra de Galileu foram conservados em Florença e Pádua desde 1737, o outro dedo, o polegar e o dente passaram de um colecionador para outro até serem dados como perdidos, em 1905.
Alberto Bruschi, um renomado colecionador de arte de Florença, os comprou sem saber do que se tratava, com relíquias religiosas, em um leilão em outubro, no qual foram vendidos artefatos não identificados que estavam dentro de uma caixa de madeira do século 17.
Quando Bruschi e sua filha notaram um busto de Galileu sobre a caixa, e leram um livro de Galuzzi documentando como partes do corpo do cientista foram cortadas em seu enterro, eles contataram o museu. Testes e estudos confirmaram que eles tinham encontrado os restos mortais perdidos de Galileu.
Galileu Galilei, nascido em Pisa em 1564, é considerado um dos pais da ciência moderna, por conta de seus estudos em física, matemática e principalmente astronomia, na qual seu trabalho levou a grandes avanços no desenvolvimento do telescópio.
Seu corpo está enterrado na igreja Santa Croce, em Florença, onde está também a tumba de Michelângelo.


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