São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 2008

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MESA E MONTANHA

Só a neve indica que a pista não é no Brasil

São tantos brasileiros que parece que as estações são aqui; perfil do esquiador define escolha do destino

DA ENVIADA ESPECIAL A PORTILLO

Quando se hospeda em uma estação de esqui da América do Sul, o turista só sabe que não está no Brasil por causa da neve. Se dependesse do burburinho pelos halls dos hotéis, das vozes ecoando pelos corredores ao acordar de manhã, dos bate-papos nos bares e restaurantes e das conversas nas pistas, a impressão que se teria é a de não ter, sequer, arredado os pés de terras brasucas.
Sim, de fato, os brasileiros invadem as estações de esqui nesta época do ano. E, não, isso não invalida a sensação indescritível de se ver isolado do mundo.
Principalmente quando você sobe para as pistas mais altas e olha o hotel pequenininho, lá embaixo, como se fosse uma peça de Lego no meio de toneladas de marshmallow.
Mas os centros de esqui têm suas peculiaridades. Para se sentir à vontade mesmo, é importante escolher aquele que mais tem a ver com você.
O de Portillo (www.skiportillo.com) é o mais antigo da América do Sul. A beleza da viagem já começa no caminho. A estrada internacional Santiago-Mendoza, no trecho do caracol, é cinematográfica.
Pela dificuldade das pistas, Portillo é uma das estações preferidas dos mais experientes. Mas os iniciantes também dão as caras por lá. Até porque o lugar é freqüentado por famílias inteiras -por vezes, vê-se duas, três gerações de uma mesma família reunidas, como que cumprindo um ritual.
Quem o freqüenta há muito tempo gosta de ressaltar que os móveis permanecem os mesmos, que os garçons se repetem a cada temporada e que os mascotes -como a cadela Mochillera- são velhos conhecidos.
Também vai por este caminho o clima de Chillán (www.termaschillan.cl). A 480 quilômetros de Santiago, o lugar é de uma beleza ímpar. Tem pistas para todos os níveis, um spa dentro do hotel e três piscinas de águas termais, aquecidas pelo vulcão Chillán.
Além do cinco-estrelas Gran Hotel, há opções de hospedagem em outros dois hotéis e apartamentos para alugar.
Mais distante ainda de Santiago, a 789 quilômetros, Pucón (www.pucon.com) atrai mais a galera jovem, em busca das emoções de esquiar nas encostas do vulcões do complexo do Villarica-Lanína, região de intensa atividade vulcânica.
A mais próxima do Chile -a 60 quilômetros da capital- é a de Valle Nevado (www.vallenevado.com). Ela tem a maior área esquiável da América do Sul, já que se soma às das estações vizinhas de La Parva e de El Colorado. Tem vida noturna animada, pistas radicais e modernos meios de elevação.

Veja em tempo real
Alguns sites oficiais das estações têm webcams, que mostram como está a situação das pistas em tempo real. Como a imagem pega um ângulo bem geral, dificilmente você vai conseguir ver as manobras -ou os tombos- dos seus amigos que resolveram passar uma semana no gelo. O objetivo é que seja usada como uma ferramenta importante, uma espécie de garantia, para quem programa um pacote rumo à neve.
(PRISCILA PASTRE-ROSSI)


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