São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 2008

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Caminhada na neve é feita com "raquete" nos pés

DA ENVIADA ESPECIAL A PORTILLO

A prática é pouco conhecida pelos visitantes da estação de Portillo. Quando um grupo sai para a caminhada usando os "snowshoes" (sapatos de neve), as expressões dos esquiadores e snowboarders pelo caminho costumam ser de curiosidade.
Não é pra menos. Enquanto rolam manobras radicais montanha abaixo, um grupo entre dez e 15 pessoas caminha em fila indiana, com um par de "sapatos" -que mais parecem raquetes- nos pés.
Eles têm garras de ferro nas pontas, para que os pés finquem na neve, e são presos com uma espécie de cadarço nas botas usadas no snowboard.
Um dos professores da estação lidera a turma, que caminha sempre pela parte mais fofa da neve. Num primeiro momento, é como andar na calçada de uma rua movimentada por um tráfego humano que desliza pra lá e pra cá. Mas aos poucos a fila se distancia das pistas, até não se ver nada além de montanhas e do belo lago.
Não é preciso ir muito longe para descobrir que óculos e roupas impermeáveis são essenciais nessa jornada. Ao todo, ela não dura mais de 40 minutos, mas é tempo suficiente para que uma roupa não apropriada encharque, e o aventureiro se sinta um verdadeiro boneco de neve cada vez que suas pernas afundam até o joelho -ou até a cintura!-na neve fofa.
Mas a caminhada compensa. A vista do trajeto é belíssima e a chegada à laguna del Inca impressiona -principalmente quando o lago já começou a congelar. Cenário ideal para tomar um vinho, com o bumbum no gelo, tirando fotos, apreciando a paisagem e ouvindo o silêncio que toma conta do lugar. E para descansar um pouco. Porque a volta é uma subida. E o esforço e os tombos tendem a se multiplicar. (PPR)


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