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São Paulo, segunda-feira, 10 de novembro de 2003

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Cultura se alinhava entre bazar e templos

DO ENVIADO ESPECIAL AO MEDITERRÂNEO

Mais de 90% dos turcos são muçulmanos, mas não há restrição à liberdade de culto no país, que tem 65 milhões de habitantes (70% urbanos). Em Istambul, além de 2.000 mesquitas, existem 70 igrejas (católicas, greco-ortodoxas e ortodoxas) e 18 sinagogas.
No caleidoscópio de atrações da metrópole, o foco é o Grande Bazar, um templo das pechinchas aberto de segunda a sábado, das 9h às 19h. Imenso e labiríntico, foi edificado por Mehmet 2º assim que os turcos otomanos conquistaram a cidade, em 1453. Há dois portões principais e um emaranhado de ruelas internas.
Com tapetes, cerâmicas, objetos de vidro, madeira e metal, jóias e semijóias, o Grande Bazar, que vende de tudo, tem rival apenas no Bazar das Especiarias, também chamado de mercado Egípcio, construído no século 17 com o dinheiro de impostos cobrados nas mercadorias vindas do Egito.
Vendendo temperos, azeitonas, pistache, favos de mel, doces muito doces de amendoim que os locais chamam de "turkish delight", chá de maçã (o "aputi", do inglês "apple tea"), nozes, frutas passas, como peras, tâmaras e damascos, embutidos, carne-seca, peixe e até caviar, o mercado funciona de segunda a sábado, das 8h às 19h.
Para ver arte, há o museu Topkapi, palácio otomano concebido como harém por Murat 3º no século 16 e ativo na função até 1909; e o palácio Dolmabahcê, de 1856, onde Mustafá Kemal, o Ataturk, viveu seus últimos dias.
Entre as obras expostas estão uma adaga, cujo cabo tem três imensas esmeraldas, e um berço de ouro. No salão imperial, usado em festas, fica o trono de onde o sultão admirava o movimento.
Já o palácio de Dolmabahcê, construído diante do Bósforo em estilo europeu pelo sultão Abdul Mecit -que para tanto fez empréstimos vultosos junto a bancos europeus-, foi a última residência de Ataturk, que lá morreu às 9h05 do dia 10 de novembro de 1938. Em sua homenagem, os carrilhões do palácio ficam parados nessa hora. (SILVIO CIOFFI)


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