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Look do homem francês entre os anos 1980 e hoje está presente
Mario Queiroz aplica em suas criações o que conheceu em mais de 40 viagens
DA REPORTAGEM LOCAL
Na coleção de inverno, apresentada em janeiro, o estilista
Mario Queiroz se inspirou em
uma viagem à Escócia.
"As viagens são quase uma
constante em minhas coleções", diz. "Os lugares acabam
sendo uma grande referência.
Para os estilistas, a viagem
sempre é uma viagem", brinca.
O tema escocês apareceu nos
looks vikings e no xadrez.
"Sempre fico atento quando
viajo. E descer Edimburgo de
carro e dar a volta no lago Ness
é algo... É algo que todo mundo
merece fazer pelo menos uma
vez na vida!"
O estilista escolheu mais
uma vez um tema ligado à Europa para esta edição da São
Paulo Fashion Week. Mas desta vez a coleção será voltada ao
estilo de vida de uma determinada região. Seu tema será: os
homens franceses.
Ele se inspirou, principalmente, no ator Louis Garrel,
um dos protagonistas do filme
"Os Sonhadores", dirigido por
Bernardo Bertolucci. Mario
pensou nas figuras masculinas
que conheceu durante suas
mais de 40 viagens a Paris desde os anos 80. Sim, mais de 40.
"Vou pelo menos duas vezes
por ano, mas sempre a trabalho. Nunca pude dizer que fui
em férias. Mas não reclamo, Paris é maravilhosa!", diz.
Mario sempre procura seguir
o tema da São Paulo Fashion
Week, que neste ano é O Ano da
França no Brasil. "Eu fiquei
pensando que trabalho há mais
de 20 anos nesse segmento, e
Paris é uma cidade que sempre
foi referência de trabalho para
mim", afirma.
"Comecei a pensar no que esses homens franceses de 20
anos atrás deixaram em mim."
Sobre o encanto pela capital
francesa, ele diz que o que considera mais interessante é o fato de Paris ser "muito antiga e
referência de contemporaneidade ao mesmo tempo".
Como exemplo dessa mistura, ele cita uma surpresa que teve quando passou por lá pela última vez, há pouco tempo.
"Eu estive em um lugar que
não conhecia, que é o museu da
Moeda [www.monnaiedeparis.fr]. Estava acontecendo
uma exposição maravilhosa,
supercontemporânea, do fotógrafo David Lachapelle. Ou seja, uma exposição moderna
num lugar assim, não sei precisar, num prédio super antigo."
"Isso é muito interessante...
Ter um espaço que é tão histórico, mas que não tem poeira.
Paris tem ar novo."
Ele comenta ainda de outros
prédios antigos, como o museu
de Cluny (www.musee-moyenage.fr), construído em 1833
-"onde tem aqueles tapetes
medievais, algo muito da história da arte antiga"-, e construções mais novas, como o
centro Georges Pompidou
(www.centrepompidou.fr) e o Palais de Tóquio, de 1937 -"que é
uma referência da arte
contemporânea".
Sobre a coleção, ele
diz pouco. E adianta
que não está fazendo
nada ligado a figurinos
de época. "Acho que
não tentei explicar de
onde veio exatamente
essa ou aquela modelagem, mas, com certeza,
vou mostrar essa mistura
dos homens franceses
nas últimas décadas."
(LAS)
MUSEU DA MOEDA
11 quai de Conti, 75006,
Paris. Funciona de terça a
sexta, das 11h às 17h30;
aos sáb. e dom., das 12h às
17h30; fecha às segundas-feiras. Entrada: 8,50
musee@monnaiedeparis.fr; tel.: 00/xx/33/1/
4013-4913
MUSÉE NATIONAL DU
MOYEN ÂGE - THERMES
ET HÔTEL DE CLUNY
6, place Paul Painlevé,
75005, Paris. De quarta a
segunda, das 9h15 às
17h45. A entrada custa
8,50, e o acesso a coleções
permantes, 13;
tel.: 00/xx/33/1/5373-7816
CENTRE POMPIDOU
A entrada principal fica na praça
Georges Pompidou. Abre de quarta
a segunda, das 11h às 22h. Entrada:
12
tel.: 00/xx/33/1/4478-1233
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