São Paulo, quinta-feira, 11 de junho de 2009

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Look do homem francês entre os anos 1980 e hoje está presente

Mario Queiroz aplica em suas criações o que conheceu em mais de 40 viagens

DA REPORTAGEM LOCAL

Na coleção de inverno, apresentada em janeiro, o estilista Mario Queiroz se inspirou em uma viagem à Escócia.
"As viagens são quase uma constante em minhas coleções", diz. "Os lugares acabam sendo uma grande referência.
Para os estilistas, a viagem sempre é uma viagem", brinca.
O tema escocês apareceu nos looks vikings e no xadrez.
"Sempre fico atento quando viajo. E descer Edimburgo de carro e dar a volta no lago Ness é algo... É algo que todo mundo merece fazer pelo menos uma vez na vida!"
O estilista escolheu mais uma vez um tema ligado à Europa para esta edição da São Paulo Fashion Week. Mas desta vez a coleção será voltada ao estilo de vida de uma determinada região. Seu tema será: os homens franceses.
Ele se inspirou, principalmente, no ator Louis Garrel, um dos protagonistas do filme "Os Sonhadores", dirigido por Bernardo Bertolucci. Mario pensou nas figuras masculinas que conheceu durante suas mais de 40 viagens a Paris desde os anos 80. Sim, mais de 40.
"Vou pelo menos duas vezes por ano, mas sempre a trabalho. Nunca pude dizer que fui em férias. Mas não reclamo, Paris é maravilhosa!", diz.
Mario sempre procura seguir o tema da São Paulo Fashion Week, que neste ano é O Ano da França no Brasil. "Eu fiquei pensando que trabalho há mais de 20 anos nesse segmento, e Paris é uma cidade que sempre foi referência de trabalho para mim", afirma.
"Comecei a pensar no que esses homens franceses de 20 anos atrás deixaram em mim." Sobre o encanto pela capital francesa, ele diz que o que considera mais interessante é o fato de Paris ser "muito antiga e referência de contemporaneidade ao mesmo tempo". Como exemplo dessa mistura, ele cita uma surpresa que teve quando passou por lá pela última vez, há pouco tempo.
"Eu estive em um lugar que não conhecia, que é o museu da Moeda [www.monnaiedeparis.fr]. Estava acontecendo uma exposição maravilhosa, supercontemporânea, do fotógrafo David Lachapelle. Ou seja, uma exposição moderna num lugar assim, não sei precisar, num prédio super antigo."
"Isso é muito interessante...
Ter um espaço que é tão histórico, mas que não tem poeira.
Paris tem ar novo."
Ele comenta ainda de outros prédios antigos, como o museu de Cluny (www.musee-moyenage.fr), construído em 1833 -"onde tem aqueles tapetes medievais, algo muito da história da arte antiga"-, e construções mais novas, como o centro Georges Pompidou (www.centrepompidou.fr) e o Palais de Tóquio, de 1937 -"que é uma referência da arte contemporânea". Sobre a coleção, ele diz pouco. E adianta que não está fazendo nada ligado a figurinos de época. "Acho que não tentei explicar de onde veio exatamente essa ou aquela modelagem, mas, com certeza, vou mostrar essa mistura dos homens franceses nas últimas décadas." (LAS)


MUSEU DA MOEDA
11 quai de Conti, 75006, Paris. Funciona de terça a sexta, das 11h às 17h30; aos sáb. e dom., das 12h às 17h30; fecha às segundas-feiras. Entrada: 8,50
musee@monnaiedeparis.fr; tel.: 00/xx/33/1/ 4013-4913

MUSÉE NATIONAL DU MOYEN ÂGE - THERMES ET HÔTEL DE CLUNY
6, place Paul Painlevé, 75005, Paris. De quarta a segunda, das 9h15 às 17h45. A entrada custa 8,50, e o acesso a coleções permantes, 13;
tel.: 00/xx/33/1/5373-7816

CENTRE POMPIDOU
A entrada principal fica na praça Georges Pompidou. Abre de quarta a segunda, das 11h às 22h. Entrada: 12
tel.: 00/xx/33/1/4478-1233



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