São Paulo, quinta-feira, 11 de junho de 2009

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vida prática

Consultoras e mordomo fazem sua mala

EMPACOTADO - Especialistas dão dicas de como escolher as roupas certas para a viagem, sem carregar peso desnecessário

MAURÍCIO MORAES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Passagens compradas, reservas feitas. Quando tudo parecia estar pronto para a viagem, eis que surge a dúvida -que roupa levar? "O homem peca porque geralmente não sabe combinar nada com nada. A mulher peca pelo excesso", sentencia a consultora Laura Bortolai.
Para os que não querem nem pensar no assunto, Laura entra em ação, para evitar malas abarrotadas e combinações de roupas de gosto duvidoso.
Dona e idealizadora do Help Home, há 16 anos ela faz sobretudo as malas de solteirões irremediáveis e recém-divorciados, sua principal clientela, além de organizar mudanças e até escolher presentes.
"Eu analiso quantos dias o cliente vai passar fora, se é uma viagem de negócio ou de turismo, se ele vai ficar na cidade ou no campo. Aí, eu escolho as roupas básicas, faço as combinações e escrevo tudo num roteiro, para todos os dias, que eu colo na mala", afirma.
Mais que didática, Laura explica que é preciso senso prático e bom gosto. "As mulheres querem levar 500 bolsas... Basta uma para o dia e outra para a noite. Só!", ensina.
Quando se trata de um destino gelado, as dúvidas só aumentam. "Brasileiro tem mania de levar um monte de blusa. Um casaco bonito é o necessário, porque você veste uma camisa de mangas compridas para se aquecer e assim que entra num lugar fechado tira o casaco por causa da calefação", explica Laura.

Descomplicação
A despeito da estação, descomplicar é uma palavra que está sempre em alta, segundo Beth Salles, consultora de moda do Senac SP.
"Um vestidinho preto e camisetas em cor neutra são curingas numa mala". Para quebrar a monotonia, Beth recomenda "abusar dos acessórios". "Uma echarpe colorida, colares de pérolas, anéis...", diz, enumerando itens que fazem a diferença no visual e que cabem num cantinho da mala.
Os homens, que tem menos opções em matéria de acessório, podem alternar diferentes gravatas e cachecóis.
Se a roupa amassar, "pendure as peças num cabide do banheiro", explica. "Também dá para usar o secador de cabelo, que funciona quase como um ferro de passar, mas com a roupa já no corpo", diz.
Faltou roupa naquela viagem mais longa? "Pode lavar na pia do hotel", ensina Beth. Segundo ela, a premissa de levar poucas roupas na mala também vale para viagens com tempo maior de duração.
Qualquer que seja a viagem, é recomendável levar dois pares de sapato, sempre confortáveis, ressalte-se.
E não se trata apenas de estética. "E se chover e você ficar com o sapato molhado?", questiona Beth. Na dúvida, leve sempre mais de um.
E há a bagagem de mão. Além do passaporte, Beth recomenda não esquecer da escova de dentes e do estojo de maquilagem. "Ninguém merece desembarcar de cara amassada, né?"

Mordomia
Nos quartos do hotel Emiliano, em São Paulo, a mordomo Letícia Lessa discretamente estica as calças e camisas na mala de seus hóspedes.
No fundo da mala vão casacos e calças. Camisas vêm sempre por cima, e os sapatos, nas laterais. Camisetas podem ser enroladas. "É preciso otimizar o espaço", diz.
"Se o cliente chegar ao destino à noite, deixo o pijama por cima", explica. "O mordomo deve ter os olhos dos clientes e saber de tudo que eles precisam". Nada mau. Eles ainda podem pensar na meteorologia.


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