DA ENVIADA ESPECIAL

Elas, as cataratas, estão lá, gigantes e imponentes, atrás de você. E a proposta é deslizar de uma plataforma de 55 m com vista para aquela abundância de quedas-d'água preso por uma corda.
Depois de uma pequena caminhada de 360 m, o instrutor dá as informações de segurança, prende o visitante a uma espécie de cadeirinha na qual ficará sentado durante toda a descida, faz uma simulação de como deve ser o procedimento e pronto.
Preso a uma corda que exala segurança, você olha para baixo e resolve encarar os tais 55 m.
"O turismo hoje não é mais somente contemplativo, o viajante quer participar, quer sentir o lugar", comenta Massimo Desiati, gerente comercial do Campo de Desafios Cânion Iguaçu, um engenheiro que fez parte da seleção brasileira de canoagem e trabalha há 20 anos com aventura.
Fazer rapel de frente para as cataratas do Iguaçu dá exatamente essa sensação: a de fazer parte, ao menos durante os 30 minutos do passeio -sendo de cinco a dez de descida-, daquela vista.
A velocidade é ditada pelo próprio praticante, e o sabor especial desse esporte radical é justamente deslizar pela corda (tendo o cuidado de não encostar o rosto no freio, que se aquece com a fricção), alternando paradas para observação com descidas velozes.
Lá embaixo, a figura do instrutor que faz a segurança -de posse da corda que, caso haja algum problema, é o que vai salvar o praticante- vai tomando forma e nitidez: a atividade está no fim.
Para o rapel, não é necessário ter nenhuma experiência anterior, e a prática é liberada para crianças a partir de sete anos.
A descida custa R$ 70, dura aproximadamente 30 minutos e pode ser feita por duas pessoas simultaneamente -cada uma pendurada em uma corda.
Como complemento, o visitante pode escolher a descida de rafting pelo rio Iguaçu, sendo 1 km de corredeiras e 3 km de águas mais calmas. No inverno, época em que o rio fica mais cheio, o rafting ganha em emoção. O passeio dura 1h40min e custa R$ 75.
(PL)