São Paulo, segunda-feira, 11 de outubro de 2004 |
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EMIRADOS ÁRABES UNIDOS Cidade ergue hotel subaquático e ilhas replicando o mapa-múndi para atrair investimentos Dubai se tema tiza para cha mar a aten ção DA ASSOCIATED PRESS
Dormir ao lado de peixes no
primeiro hotel subaquático do
mundo, subir em uma das torres
mais altas do planeta ou comprar
uma réplica da França ou da Austrália. Há um lugar no mundo que
se esforça para agradar a todos.
Com a esperança de virar ícone
mundial, Dubai, nos Emirados
Árabes Unidos, atual centro do
comércio e do turismo da rica região do petróleo no Oriente, está
determinada a fazer com que o 1
milhão de moradores e os 6 milhões de turistas que a visitam tenham de tudo e um pouco mais.
"Por que ir à Espanha quando
você pode ter a Espanha aqui", diz
o anúncio da empresa que ergue o
International City, complexo de
prédios em estilo arquitetônico
persa, marroquino, italiano, francês e espanhol.
O boom de infra-estrutura é
parte do plano dos Emirados Árabes de atrair capital estrangeiro e
investimentos para a economia
que busca se afastar dos efeitos da
queda das reservas de petróleo.
Os projetos dos prédios estão
voltados a reforçar a imagem de
Dubai como uma cidade jovem,
com modernos arranha-céus, e
não como um lugar com apelo
histórico, natural ou religioso como os vizinhos de Oriente Médio.
Dubai é um dos sete emirados
dos Emirados Árabes Unidos, um
Estado de 30 anos de idade. Sua
localização entre a Ásia e o Ocidente e perspicazes homens de
negócio transformaram o que era
um posto no deserto em um centro de negócios regional.
O petróleo ajudou a abastecer a
mudança, mas agora Dubai está
ignorando a natureza e confiando
em suas próprias criações para
manter a economia rodando.
Apesar do calor severo, da umidade sufocante e da escassez de
água fresca, a cidade conseguiu
transformar o deserto em verde,
guarnecendo suas avenidas com
parques e morros verdinhos.
Para quem busca neve, Dubai
está construindo uma das maiores pistas de esqui indoor do
mundo. Somada a uma inclinação para o não-usual, o desejo de
Dubai para brilhar gerou uma coleção de projetos que vão do grandioso às coisas que provocam o riso, como a Chess City, complexo
de prédios em que cada um tem a
forma de uma peça de xadrez.
Há também a Burj Dubai, aclamada como a maior torre do
mundo, que deve emergir no horizonte da cidade em alguns anos.
A incorporadora da torre,
Emar, recusa-se a revelar quão alto será o prédio para evitar que alguém queira fazer um maior.
A algumas quadras dali, gruas
trabalham sem parar no maior
shopping do mundo -o que casa
com a fama de centro de compras
do Oriente Médio, onde se encontra de ouro a eletrônicos, passando por alta-costura.
É ao longo de sua costa, no entanto, que Dubai pode exercer todas as suas ambições de grandeza.
Além do luxuoso hotel subaquático de US$ 500 milhões batizado Hydropolis, a empresa Dubai's Nakheel está construindo
duas ilhas de U$ 1 bilhão cada
uma na forma de palmeiras. Elas
abrigarão resorts de luxo e alguns
casarões.
As ilhas, que ecologistas afirmam já ter afetado a vida marinha
em parte do golfo Pérsico, terão
um parque subaquático tematizado com peixes tropicais e barras
de ouro imitando tesouros.
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