ORIGEM > Düsseldorf exibe legado saxão, e Colônia se gaba de lado romano; uma se orgulha de torre de TV, e outra, de catedral gótica que resistiu à Segunda Guerra

DO ENVIADO ESPECIAL

Por trás da disputa entre Düsseldorf e Colônia estão as diferenças culturais entre germânicos e latinos.
Enquanto Düsseldorf bate no peito sua origem mais saxônica e nórdica, Colônia tem um pezinho na Itália. Deve seu nome ao fato de ter sido criada e dominada por Roma à época do império. Manteve o estilo mais expansivo do sul da Europa e tem ótimos restaurantes... italianos. Um dos melhores é o Luciano, que fica na Marzellenstrasse, 68-70.
Até nos cartões postais há contrastes marcantes entre as duas cidades.
O ponto mais alto de Düsseldorf é a torre de TV, um dos símbolos da modernidade que ali impera, onde há um restaurante panorâmico, o Rheinturn. Dali, nem é preciso cerveja para ver a cidade e o horizonte girar ao redor.
O cume de Colônia, que também tem a sua antena de TV, é a catedral gótica com duas torres de 157 metros, uma sete centímetros maior que a outra. Na cidade, duramente bombardeada pelos aliados na Segunda Guerra Mundial, só a catedral resistiu ao conflito.

Lá de cima
Milagre da fé? Talvez. Mas os pragmáticos alemães atribuem sua preservação à altura.
As torres chegam a ser vistas de pontos altos de Düsseldorf em dias claros e, obviamente, serviam de referência para aproximação dos bombardeiros aliados na guerra.
Na catedral está guardada uma urna de ouro com o que seriam os restos mortais dos três Reis Magos, objeto de peregrinação quando é aberta uma vez a cada ano, em janeiro, para que os fiéis possam ver de perto o que sobrou dos ossos de Baltazar, Gaspar e Melchior
Programão para um dia frio. (SÉRGIO COSTA)


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