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Depois de visitar pontos turísticos, ande sem rumo
Entre cafés, lojas e livrarias, descubra a Paris além dos guias de viagem
Nas margens do rio
Sena, bancas de livros
antigos -e baratos-
chamam a atenção de
quem passa a pé por ali
RICARDO BONALUME NETO
ENVIADO ESPECIAL A PARIS
Sim, é possível ir a Paris e
não subir na Torre Eiffel, nem
caminhar pelos corredores
do Museu do Louvre e sem visitar a catedral de Notre Dame. Claro, se você nunca esteve na cidade mais bonita
do mundo provavelmente
vai querer fazer isso. Mas, se
você já teve a sorte de ter estado lá antes, pode improvisar e flanar à vontade.
Claro, em alguns bairros é
mais fácil parar e admirar Paris. Por exemplo, os 3.150 metros de uma das suas mais belas avenidas, o bulevar Saint-Germain.
Ali fica um dos mais famosos bares da cidade, o Café de
Flore, tradicional reduto literário. A mesma região inclui
outros locais próximos célebres pela presença de intelectuais, como o Café Les
Deux Magots e a Brasserie
Lipp, todos veteranos do final do século 19.
Fazendo cem anos neste
ano, o hotel Lutetia também
tem um excelente restaurante -e fica perto, no bulevar
Raspail, no centro de Saint-Germain-des-Prés.
Cafés como o Flore e o
Deux Magots hoje são todos
repletos de turistas. Mas a região tem opções menos lotadas, como o simpático bistrô
Le Bonaparte - que tem esse
nome não em homenagem
ao imperador, mas porque fica na rua Bonaparte.
Também agradável e
aconchegante é o pequeno
restaurante À la Petite Chaise, na também próxima rua
de Grenelle. Ele diz ser o mais
antigo da cidade, fundado
em 1680; e consta que um de
seus clientes mais famosos
foi o célebre gastrônomo
Jean Anthelme Brillat-Savarin (1755-1826), autor de "A
Fisiologia do Gosto".
A região também concentra um comércio chique. Mas
não é preciso gastar; simplesmente olhar as vitrines já
é divertido.
Se há um local perfeito para flanar são as margens do
rio Sena. E, claro, para conferir os "bouquinistes", as bancas de livros antigos e baratos. Há "bouquinistes" vendendo tudo quanto é tipo de
livro. E por falar em Bonaparte, existe uma banca especializada em livros sobre a era
de Napoleão!
O repórter RICARDO BONALUME NETO
viajou a convite do Ministério das Relações
Exteriores da França
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