São Paulo, quinta-feira, 11 de novembro de 2010

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Depois de visitar pontos turísticos, ande sem rumo

Entre cafés, lojas e livrarias, descubra a Paris além dos guias de viagem

Nas margens do rio Sena, bancas de livros antigos -e baratos- chamam a atenção de quem passa a pé por ali

RICARDO BONALUME NETO
ENVIADO ESPECIAL A PARIS

Sim, é possível ir a Paris e não subir na Torre Eiffel, nem caminhar pelos corredores do Museu do Louvre e sem visitar a catedral de Notre Dame. Claro, se você nunca esteve na cidade mais bonita do mundo provavelmente vai querer fazer isso. Mas, se você já teve a sorte de ter estado lá antes, pode improvisar e flanar à vontade.
Claro, em alguns bairros é mais fácil parar e admirar Paris. Por exemplo, os 3.150 metros de uma das suas mais belas avenidas, o bulevar Saint-Germain. Ali fica um dos mais famosos bares da cidade, o Café de Flore, tradicional reduto literário. A mesma região inclui outros locais próximos célebres pela presença de intelectuais, como o Café Les Deux Magots e a Brasserie Lipp, todos veteranos do final do século 19.
Fazendo cem anos neste ano, o hotel Lutetia também tem um excelente restaurante -e fica perto, no bulevar Raspail, no centro de Saint-Germain-des-Prés.
Cafés como o Flore e o Deux Magots hoje são todos repletos de turistas. Mas a região tem opções menos lotadas, como o simpático bistrô Le Bonaparte - que tem esse nome não em homenagem ao imperador, mas porque fica na rua Bonaparte.
Também agradável e aconchegante é o pequeno restaurante À la Petite Chaise, na também próxima rua de Grenelle. Ele diz ser o mais antigo da cidade, fundado em 1680; e consta que um de seus clientes mais famosos foi o célebre gastrônomo Jean Anthelme Brillat-Savarin (1755-1826), autor de "A Fisiologia do Gosto".
A região também concentra um comércio chique. Mas não é preciso gastar; simplesmente olhar as vitrines já é divertido.
Se há um local perfeito para flanar são as margens do rio Sena. E, claro, para conferir os "bouquinistes", as bancas de livros antigos e baratos. Há "bouquinistes" vendendo tudo quanto é tipo de livro. E por falar em Bonaparte, existe uma banca especializada em livros sobre a era de Napoleão!


O repórter RICARDO BONALUME NETO viajou a convite do Ministério das Relações Exteriores da França


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