São Paulo, quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

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BONS VELHINHOS

Rota pelo centro inclui viagem no tempo

Dez restaurantes que abriram suas portas há mais de cem anos pontuam passeio por essa região da cidade

PRISCILA PASTRE-ROSSI
ENVIADA ESPECIAL AO RIO DE JANEIRO

Um dos destinos preferidos dos paulistas para passar o Réveillon, o Rio de Janeiro já começou os preparativos para a chegada de 2009. Segundo a Riotur, o show de fogos de artifício deste ano está garantido, com nada menos que 24 toneladas de explosivos. Difícil ter idéia do que isso significa? Bem, seria o peso equivalente a 24 carros Fusca.
Mas não são só dos belos shows que iluminam o céu de Copacabana, dos imperdíveis ensaios de escolas de samba, do Carnaval, do Pão de Açúcar ou das praias que vivem os turistas que vão ao Rio. Ok, isso tudo já é motivo suficiente. Mas há outros atrativos, menos conhecidos e explorados.
Uma caminhada despretensiosa pelas ruas do centro revela lugares centenários, que preservam o glamour e contam a história da cidade que até 1960 foi capital do país.
Por essas ruas, cafés e restaurantes passaram figuras ilustres. Intelectuais, celebridades e políticos importantes, que definiram os rumos do Brasil desde os tempos do Império.
Se estiver planejando permanecer alguns dias na cidade, não deixe de traçar um roteiro de volta ao passado. Mesmo que essa viagem no tempo dure o breve intervalo de um café, de uma refeição ou de um chope com os amigos.

Inspiração real
Se o que estava faltando para apostar em um roteiro fora do trivial era inspiração, problema resolvido: foi há 200 anos que d. João 6º chegou à baía da Guanabara. Estamos a poucos dias do bicentenário do primeiro Réveillon da família real em terras brasucas.
Foi nesse clima centenário que o caderno de Turismo selecionou dez lugares, entre bares, restaurantes, confeitarias e até uma leiteria. O mais antigo dos "bons velhinhos", a Casa Cavé, completou 148 anos em 2008. Os agraciados com o título de "mais jovens" nesta edição estão rumo aos 102 anos, que serão completados no ano que vem: o bar Brasil e a Leiteria Mineira.
Entre os mais afamados, a confeitaria Colombo, o Lamas e o bar Luiz. O primeiro deles, aos 114 anos, conserva no cardápio os pratos preferidos de personalidades como Getúlio Vargas, e segue como o endereço mais charmoso da cidade para tomar um demorado, apetitoso e bem servido café da manhã.
O Lamas, com seus 134 anos, é um dos preferidos dos boêmios. E não somente pelo horário convidativo para quem gosta de curtir a noite (de segunda a sábado, ele não fecha antes das 3h30), mas pela infinidade de itens no cardápio e seus filés imperdíveis.
O Luiz, aos 121, ainda é o melhor lugar entre os bares cariocas para tomar um chope como manda o figurino: bem tirado, bem gelado, com colarinho na medida certa.
E tem ainda os "achadinhos". Lugares que, mesmo centenários, dão ao turista a sensação de que ele descobriu algo novo ao entrar lá pela primeira vez. Caso do Albamar e do Paladino.
Um roteiro diferente. Para comer bem, se divertir e se sentir um pouco parte da história.


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