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BONS VELHINHOS
Rota pelo centro inclui viagem no tempo
Dez restaurantes que abriram suas portas há mais de cem anos pontuam passeio por essa região da cidade
PRISCILA PASTRE-ROSSI
ENVIADA ESPECIAL AO RIO DE JANEIRO
Um dos destinos preferidos
dos paulistas para passar o Réveillon, o Rio de Janeiro já começou os preparativos para a
chegada de 2009. Segundo a
Riotur, o show de fogos de artifício deste ano está garantido,
com nada menos que 24 toneladas de explosivos. Difícil ter
idéia do que isso significa?
Bem, seria o peso equivalente a
24 carros Fusca.
Mas não são só dos belos
shows que iluminam o céu de
Copacabana, dos imperdíveis
ensaios de escolas de samba, do
Carnaval, do Pão de Açúcar ou
das praias que vivem os turistas
que vão ao Rio. Ok, isso tudo já
é motivo suficiente. Mas há outros atrativos, menos conhecidos e explorados.
Uma caminhada despretensiosa pelas ruas do centro revela lugares centenários, que preservam o glamour e contam a
história da cidade que até 1960
foi capital do país.
Por essas ruas, cafés e restaurantes passaram figuras ilustres. Intelectuais, celebridades
e políticos importantes, que definiram os rumos do Brasil desde os tempos do Império.
Se estiver planejando permanecer alguns dias na cidade, não deixe de traçar
um roteiro de volta ao passado.
Mesmo que essa viagem no
tempo dure o breve intervalo
de um café, de uma refeição ou
de um chope com os amigos.
Inspiração real
Se o que estava faltando para
apostar em um roteiro fora do
trivial era inspiração, problema
resolvido: foi há 200 anos que
d. João 6º chegou à baía da Guanabara. Estamos a poucos dias
do bicentenário do primeiro
Réveillon da família real em
terras brasucas.
Foi nesse clima centenário
que o caderno de Turismo selecionou dez lugares, entre bares, restaurantes, confeitarias e
até uma leiteria. O mais antigo
dos "bons velhinhos", a Casa
Cavé, completou 148
anos em 2008. Os agraciados
com o título de "mais jovens"
nesta edição estão rumo aos
102 anos, que serão completados no ano que vem: o bar Brasil e a Leiteria Mineira.
Entre os mais afamados, a
confeitaria Colombo,
o Lamas e o bar Luiz. O primeiro deles, aos
114 anos, conserva no cardápio
os pratos preferidos de personalidades como Getúlio Vargas, e segue como o endereço
mais charmoso da cidade para
tomar um demorado, apetitoso
e bem servido café da manhã.
O Lamas, com seus 134 anos,
é um dos preferidos dos boêmios. E não somente pelo horário convidativo para quem
gosta de curtir a noite (de segunda a sábado, ele não fecha
antes das 3h30), mas pela infinidade de itens no cardápio e
seus filés imperdíveis.
O Luiz, aos 121, ainda é o melhor lugar entre os bares cariocas para tomar um chope como
manda o figurino: bem tirado,
bem gelado, com colarinho na
medida certa.
E tem ainda os "achadinhos".
Lugares que, mesmo centenários, dão ao turista a sensação
de que ele descobriu algo novo
ao entrar lá pela primeira vez.
Caso do Albamar e do
Paladino.
Um roteiro diferente. Para
comer bem, se divertir e se sentir um pouco parte da história.
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