São Paulo, segunda-feira, 12 de janeiro de 2004

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Show compensa decadência de casa flamenca

DA ENVIADA ESPECIAL

Um certo ar decadente e muitos gringos podem desanimar quem senta em uma das mesas do Café de Chinitas, um casarão do século 17 que promove apresentações de dança flamenca. O local ficou célebre graças a La Chunga, que, no final dos anos 60, dançava descalça, fazendo tanto ou mais barulho do que as dançarinas calçadas.
O jantar também diminui o ânimo. A comida não é das melhores, embora a refeição custe 72,50 euros ou 66 euros por pessoa, de acordo com o menu escolhido.
Ao começar o show, a coisa muda. A cada dançarina que sobe no palco, cresce o interesse. Esqueça o Stomp, aquele grupo que faz percussão em qualquer objeto, esqueça o Barbatuques, o conjunto brasileiro cujos integrantes fazem batucada pelo corpo. As palmas, os estalos dos dedos, as castanholas e as pisadas, tudo compassado, tiram o observador do compasso.
Ao final de cada número, as palmas da platéia soam ridículas -descompassadas e aleatórias- depois de tanta sincronia.
Também apinhado de turistas, o Coral de la Morería segue à risca a tradição e a pureza do estilo.


Casas de dança flamenca - Café de Chinitas: r. Torija, 7, tel.: 00/xx/34/91/559-5135, www.chinitas.com; Coral de la Morería: r. Morería, 17, tel. 00/xx/34/91/365-8446.




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