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Show compensa decadência de casa flamenca
DA ENVIADA ESPECIAL
Um certo ar decadente e muitos
gringos podem desanimar quem
senta em uma das mesas do Café
de Chinitas, um casarão do século
17 que promove apresentações de
dança flamenca. O local ficou célebre graças a La Chunga, que, no
final dos anos 60, dançava descalça, fazendo tanto ou mais barulho
do que as dançarinas calçadas.
O jantar também diminui o ânimo. A comida não é das melhores, embora a refeição custe
72,50 euros ou 66 euros por pessoa, de acordo com o menu escolhido.
Ao começar o show, a coisa muda. A cada dançarina que sobe no
palco, cresce o interesse. Esqueça
o Stomp, aquele grupo que faz
percussão em qualquer objeto, esqueça o Barbatuques, o conjunto
brasileiro cujos integrantes fazem
batucada pelo corpo. As palmas,
os estalos dos dedos, as castanholas e as pisadas, tudo compassado,
tiram o observador do compasso.
Ao final de cada número, as palmas da platéia soam ridículas
-descompassadas e aleatórias-
depois de tanta sincronia.
Também apinhado de turistas,
o Coral de la Morería segue à risca
a tradição e a pureza do estilo.
Casas de dança flamenca - Café de
Chinitas: r. Torija, 7, tel.: 00/xx/34/91/559-5135, www.chinitas.com; Coral de
la Morería: r. Morería, 17, tel. 00/xx/34/91/365-8446.
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