Panfletos ajudam a navegar pelas salas

ENVIADO ESPECIAL A SEATTLE

Marcando a entrada, na University street, 100, há a escultura de um homem martelando: "Hammering Man", estrutura de 15 m, mexe o braço e foi criada, em 1992, pelo norte-americano Jonathan Borofsky.
Coincidentemente, o museu esteve em reformas até 2007. Conhecido pelas iniciais SAM, o Seattle Art Museum (www.seattleartmuseum.org) reabriu nesse novo endereço com projeto de Robert Venturi, que já ganhou o Pritzker, tido por um Nobel da arquitetura.
Na verdade, a coleção do SAM remonta a 1933. Eclética, tem hoje 23 mil objetos, de óleos de mestres europeus a esculturas ultracontemporâneas, passando por vidros de Seattle e de Veneza. Há ainda cerâmicas da Pérsia e da Europa, baixos-relevos do Egito e móveis norte-americanos de época.
Prospectos ajudam a escolher o tipo de visita. A mais simples atravessa diversas alas em busca de obras que podem ser carros reais suspensos transfixados por néons, do chinês Cai Guo-Qiang; pinturas algo acadêmicas de Albert Bierstadt, alemão que, radicado nos EUA no séc. 19, retratou a natureza local; e até totens e máscaras tribais do Alasca.
Na ala africana, há objetos do passado e do presente; entre eles, estatuetas originárias da Bahia usadas em ritos religiosos afro-brasileiros. Cômica, a réplica de madeira de uma Mercedes-Benz branca, do tamanho de um caixão de defunto, foi de fato feita a partir de um esquife por Kane Quaye, artista de Gana, em 1991.
O "Italian room" é forrado por lambris de madeira do século 16, que, na Lombardia, eram chamados de "stüa". Ele guarda potes sicilianos, jarras venezianas e pratos pintados em Urbino, todos de cerca de 500 anos de idade. Esse acervo remonta aos anos 1920 e foi do colecionador europeu Adolph Loewi que, fugindo do nazi-fascismo por ser judeu, o levou a Paris em 1938 e, no ano seguinte, aportou em Los Angeles.
O SAM abre diariamente das 9h às 17h. (SILVIO CIOFFI)


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