São Paulo, quinta-feira, 12 de março de 2009

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PACÍFICO NOROESTE

"Olímpico", chef vê jogos de inverno com apetite

Há 19 anos na cozinha do hotel Fairmont, Robert Le Crom fala sobre Olimpíada e paixão por Vancouver

DO ENVIADO ESPECIAL A VANCOUVER

Um canadense nascido na França. Assim se define o chef do Fairmont Hotel Vancouver, Robert Le Crom, 61. Orgulhoso de comandar mais de 60 pessoas na cozinha do hotel em que trabalha há 19 anos, Le Crom deu uma pausa para falar à Folha sobre a experiência de ter cozinhado para atletas canadenses nos Jogos Olímpicos de Beijing em 2008, sobre sua paixão pela cozinha e por Vancouver. (SC)

 


FOLHA -Como foi em Beijing?
ROBERT LE CROM
- Foi fantástico. Cozinhar numa olimpíada significa ser o responsável por dar ao atleta tudo aquilo de que ele precisa para ter um bom desempenho. No primeiro dia, convidamos os atletas e técnicos que já estavam lá, umas 50 pessoas, para nos dizer o que precisaríamos mudar nos pratos. Eles comeram e disseram: "Nada". Nós não mudamos o que fazíamos, e essa foi a melhor parte. Todos ficamos muito surpresos. Fiz muita massa, batata, arroz, frango. Eles precisam de bastante carboidrato, porque queimam rápido, e de proteína. Lembro de alguns que comiam muito, como o pessoal do polo aquático. Eram uns 20, mas comiam como 70!

FOLHA - Quanto tempo você ficou na China? Gostou de lá?
LE CROM
- Um mês. Gostei muito. Para mim, a melhor coisa foi ir o mercado. Intrigante ver alguns frutos do mar e não saber o que eram. Quero voltar lá com a minha mulher. E quando eu for, quero experimentar.

FOLHA - O que você espera da Olimpíada de Inverno de 2010?
LE CROM
- Esse evento vai colocar Vancouver no mapa. É uma cidade que precisa ser descoberta. Quando as pessoas virem na televisão, pensarão: "Uau, que cidade! Quero ir pra lá".

FOLHA - Qual é seu prato preferido?
LE CROM
- Lagosta. Uso a lagosta viva e tempero com azeite, cebola, tomate e pimenta. Quando está muito cara, escolho caranguejo.

FOLHA - Como é trabalhar em um hotel tão tradicional?
LE CROM
- Estou trabalhando aqui há 19 anos. É um lugar muito especial, que valoriza os profissionais e os hóspedes. Porque, no final do dia, toda decisão que você tomar terá a ver com aquilo que for melhor para o cliente, para o hóspede. Isso é o mais importante. E isso é o que Fairmont faz. Um hotel fenomenal, parte da história do Canadá, do tempo da CP (referindo-se à ferrovia Canadian Pacific).


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