|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Mergulho nas galés de Maragogi integra o turista à fauna marinha
DO ENVIADO ESPECIAL
E EM ALAGOAS
Os mais extensos e preservados
recifes de corais do país ficam em
uma APA (Área de Proteção Ambiental) que começa ao norte de
Maceió e vai até a cidade de Rio
Formoso, no sul de Pernambuco.
São 135 km de praias, piscinas naturais e mangues, habitat do peixe-boi marinho, ameaçado de extinção. Um ótimo local para conhecer os recifes é a cidade de Maragogi, cerca de 130 km ao norte
de Maceió, de onde é possível fazer passeios de barco até as galés,
piscinas naturais de água esverdeada e fundo esbranquiçado nas
áreas não tomadas pelos corais.
As galés ficam a cerca de seis
quilômetros da praia e podem ser
alcançadas por lanchas ou catamarãs em 20 minutos, no máximo, durante a maré baixa, quando a profundidade varia de apenas 0,5 metro a seis metros.
Ao chegar, os turistas são recepcionados por cardumes de peixes-sargento (amarelos com listras
pretas), habituados a comer ração
na mão dos visitantes. Quem preferir se afastar deles -e das multidões- pode mergulhar com
máscara e snorkel em volta dos
recifes. Algumas operadoras alugam máscaras (esterilizadas e entregues num saco plástico) por R$
3. Quem não sabe nadar, mas
quer se aprofundar nas águas e na
fauna marinha da região, pode fazer um mergulho acompanhado
de um instrutor, com duração de
15 minutos.
O turista pode fazer um pré-mergulho "sem compromisso financeiro ou afetivo", diz o instrutor da Cactus Diving, Ivam Merino Filho, para ver se se sente à
vontade com o equipamento.
Para os iniciados, é bom saber
que os instrutores impõem o ritmo do mergulho. O passeio custa
R$ 50, e o turista leva um rolo de
filme com o registro dos melhores
momentos debaixo d'água. Quem
é credenciado pode fazer um mergulho de uma hora por R$ 120.
Todos os mergulhadores são
orientados por guias e integrantes
da ONG Projeto Recifes Costeiros
(www.recifescosteiros.org.br) a
não tocar nos corais e a não comprar pedaços deles nas praias -a
extração predatória é um problema em vários pontos da costa.
A quantidade e a diversidade de
peixes impressiona. São mais de
15 espécies de peixe e dez de corais. A visibilidade é ótima, assim
como a temperatura da água.
Apesar do enorme tráfego de turistas, os corais são bem preservados. Em 2003, as galés foram visitadas por 60 mil pessoas.
"É um número suportável",
afirma Haroldo Fábio de Santana,
dono da operadora Tribos do Maragogi, que tem dois catamarãs.
Na praia, há opções de hospedagem para todos os bolsos -de
pousadas simples até o sofisticado
Salinas do Maragogi Resort
(www.salinas.com.br). Para
adeptos do turismo rural, o Hotel
Fazenda Marrecas (www.marrecas.com.br) fica instalado
em um antigo engenho de cana-de-açúcar.
(DB e MM)
Cactus Diving - Tel.: 0/xx/83/9332-9001; Tribos de Maragogi - Tel.: 0/xx/
82/296-2215
Texto Anterior: Acesso a Carro Quebrado toma tempo Próximo Texto: Em Japaratinga, imperam o sossego e as pousadas rústicas Índice
|